“Ampevu”: o sopro fresco em língua kikongo que expõe “uma viagem de luz”

O artista transdisciplinar Lubanzadyo Mpemba Bula apresenta no Arroz Estúdios, em Lisboa, a exposição “Ampevu”, que marca o seu regresso à pintura, depois de, nos últimos tempos, ser ter dedicado mais à fotografia e à videoarte. Com curadoria do sociólogo Manuel Dias dos Santos, a mostra promete “uma viagem de luz”, e apresenta, como obra central, a criação “Sexta-Feira Sangrenta”, alusiva a um momento traumático da História de Angola. Para visitar até 25 de Novembro, das 18h às 21h. A entrada é livre.

por Afrolink

Do kikongo, língua muntu de Angola, vem o título da nova exposição de Lubanzadyo Mpemba Bula: “Ampevu”. A palavra, indica a sinopse da mostra, deriva do verbo mpevu, e significa “vento leve” ou “sopro fresco”, movimento que pretende ilustrar “uma viagem de luz” conduzida pelo artista.

“Lubanzadyo Mpemba Bula utiliza as cores como âncora, mas também os suportes como elementos que realçam a luz que as cores em confronto contrastante produzem”, adianta a mensagem de divulgação da exposição, inaugurada na semana passada, no Arroz Estúdios, em Lisboa.

Com curadoria do sociólogo Manuel Dias dos Santos, a mostra marca o regresso do artista transdisciplinar à pintura, depois de, nos últimos tempos, ser ter dedicado mais à fotografia e à videoarte.

“Para reflexão, [Mpemba Bula] produz uma obra central intitulada ‘Sexta-Feira Sangrenta’, como evocação traumática de um momento da História de Angola”, assinala a sinopse, onde se destaca igualmente “uma série de sete obras sem título, em que a cor preta faz luz e nos convoca a múltiplas e diversas leituras”.

Tudo para apreciar até 25 de Novembro, das 18h às 21h.

Note-se que o trabalho de Mpemba Bula centra-se sobre questões como a migração, gentrificação urbana, violência institucional e memória colectiva. O artista formou-se em Estudos Curatoriais, Cinema e Pintura em Movimento, tendo a especialização na sétima arte Cinema ênfase em Direcção de Documentário.