As escolhas de Teresa Vieira revelam um novo rumo nas comunidades ciganas
Texto por Afrolink
Foto de capa de Sérgio Aires
Tornou-se notícia porque o seu percurso ainda é uma excepção, conforme já mencionou em várias entrevistas. Se, por um lado, Teresa Vieira nota que as primas e amigas “estão todas casadas”, por outro, constata que não é a mulher nem a nora ideal dentro da sua comunidade.
Portuguesa e cigana, a técnica do Núcleo de Apoio às Comunidades Ciganas, do Alto Comissariado para as Migrações (ACM), não só se mantém solteira depois dos 30, como planeia juntar à licenciatura em Sociologia, concluída em 2018, um mestrado em Ciência Política.
A trajectória diferenciada concretizou-se a partir do projeto-piloto OPRÉ Chavalé, realizado com o propósito de promover a integração das comunidades ciganas no ensino superior.
A par do impulso proporcionado pela iniciativa –
promovida pela Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, em parceria com a Associação Letras Nómadas –, Teresa sublinha que sempre contou com o incentivo dos pais para continuar a estudar.
Desde 2019 no ACM, a socióloga, natural de Évora, definiu como metas profissionais “fazer novas aprendizagens na área social e trabalhar com e para as comunidades ciganas”.
Uma experiência para conhecermos melhor amanhã n’ O Lado Negro das Força.
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