As lições do passado que inspiram para
o futuro, no Mês da História Negra

“Um povo sem o conhecimento da sua história, origem e cultura é como uma árvore sem raízes”, escreveu o jamaicano Marcus Garvey, um dos ícones maiores do movimento pan-africano. Retomamos aqui o seu pensamento para enquadrar as linhas que se seguem, produzidas à boleia do Black History Month (Mês da História Negra).

por Afrolink

Mais de 80 museus, fundações, galerias e centros de arte, e outros espaços culturais dos Estados Unidos da América, activos e reconhecidos pela celebração, valorização e divulgação da História e Cultura negra, cabem agora na mesma morada. 

O endereço colectivo, alojado no site Google Arts & Culture, foi criado para comemorar o Black History Month, e está aberto a visitas de todo o mundo. 

Os recursos disponibilizados, em quantidade e qualidade que preenchem múltiplos confinamentos, incluem, para além de registos escritos, fotogalerias, vídeos e visitas virtuais a exposições. 

A viagem pela História e Cultura da comunidade negra nos EUA inclui, entre outras referências, peças fundamentais para a libertação contra a escravatura, marcos do Movimento dos Direitos Civis, e biografias de pioneiros, como a escultora Edmonia Lewys, o músico Thelonious Monk, ou o historiador Carter G. Woodson, considerado o “pai do Black History Month”. 

Aprender com o passado 

Comemorado no mês de Fevereiro, o “Black History Month”, ou “Mês da História Negra”, entrou para o calendário oficial de celebrações dos EUA em 1976, mas faz parte das celebrações afro-americanas desde 1926.

Nesse ano, a Association for the Study of Negro Life and History, co-fundada por Carter G. Woodson –– criou a “Semana da História do Negro”, sob impulso do Movimento dos Direitos Civis transformada num mês de homenagens.

A iniciativa, que visibiliza e celebra o legado afro-americano, conseguiu reconhecimento presidencial em 1976, gravitando, a cada ano, em torno de um tema.

2021 não foge à tradição: “Black Family: Representation, Identity and Diversity”, em português, “Família negra: Representação, identidade e diversidade” é a celebração do momento. Presente de múltiplas formas no site Google Arts & Culture, que nos desafia a “aprender com o passado para inspirar o futuro”.