As vozes negras na literatura, em foco no Black Excellence Talk Series
por Afrolink
Que espaço ocupam os autores negros no mercado literário? Que interesse suscitam junto dos editores? Que lugar ocupam nas livrarias?
Se até o aclamado romance de estreia do norte-americano James Baldwin levou 65 anos a chegar a Portugal – com o título “Se o disseres na montanha” –, se até a escritora e artista portuguesa Grada Kilomba, radicada na Alemanha e reconhecida internacionalmente, esperou uma década para ver o seu “Memórias da Plantação: Episódios de Racismo Quotidiano” merecer uma edição portuguesa, que destino está reservado às vozes negras anónimas que querem ser publicadas?
A reflexão está lançada, e serve de mote para o episódio da semana do Black Excellence Talk Series, com a presença da escritora e artista Gisela Casimiro, do escritor e músico Kalaf Epalanga e do empreendedor Luís Furtado Vieira, criador da Tchatuvela Livraria.
Para seguir esta terça-feira, poucos minutos depois das 21h30, na RTP África, com condução da host Paula Cardoso.
Até lá, conheça um pouco dos convidados.
Gisela Casimiro – É escritora e artista. Em 2018 lançou, pela editora Urutau, o seu primeiro livro de poesia, intitulado “Erosão”. A par da escrita, presente também na colaboração com diversas publicações nacionais e internacionais, expressa a criatividade através do teatro e da fotografia. Tem formação em Estudos Portugueses e Ingleses, e ainda em revisão e tradução. Nasceu na Guiné-Bissau.
Kalaf Epalanga – Autor do romance “Também os Brancos Sabem Dançar”, e dos livros de crónicas “Estórias de Amor para Meninos de Cor” e “O Angolano Que Comprou Lisboa”, todos editados pela Caminho, Kalaf chegou à literatura a partir da música, onde se destaca como co-fundador da editora independente Enchufada e como integrante da banda Buraka Som Sistema, actualmente em hiato. Vive entre Berlim e Lisboa.
Luís Furtado Vieira – Empreendedor, lançou, no início de 2020, a Tchatuvela Livraria, que tem como finalidade a venda online de livros, usados e não só, relacionados com o continente africano. O projecto pretende desafiar o nosso próprio conhecimento e criar uma sinergia em busca de tudo o que é africano.