Ciclo “Diversidade e inclusão”, com representatividade negra no programa

Paula Cardoso, fundadora do Afrolink, e Melissa Rodrigues, performer, arte-educadora, activista e curadora independente abordam a representatividade negra no ciclo de seminários online “Diversidade e inclusão”, promovido pela Acesso Cultura desde o passado dia 6. O programa inclui, no próximo dia 22, uma reflexão de Paula Cardoso sobre o impacto da falta de representatividade negra na infância, entrelaçado com propostas para transformar contextos de impossibilidades em possibilidades. Já no dia 3 de Abril, que marca o encerramento deste ciclo, Melissa Rodrigues traz questionamentos sobre a “Presença e Ausência de artistas e agentes culturais negres no sector cultural português”. O programa, iniciado com a bailarina Mickaella Dantas, brasileira naturalizada em Portugal, inclui também as participações de André Murraças, Marco Paiva, Marta Sales e Tony Weaver. Veja como se inscrever.

por Afrolink

Desenvolvido “como complemento ao curso ‘Diversidade e Inclusão: perguntas para nós próprios’”, o ciclo de seminários online promovido pela associação Acesso Cultura convida-nos a reflectir sobre o significado vivencial das palavras diversidade e inclusão, a partir das experiências de vários profissionais que actuam no sector cultural.

O programa iniciou no passado dia 6, com a participação da bailarina Mickaella Dantas, brasileira naturalizada em Portugal, seguindo-se, nos dias 15 e 16 de Março, o seminário de André Murraças que “pretende realçar a importância da História não contada e o impacto de determinados objectos artísticos como portas de entrada e saída do universo Queer português”.

Já no dia 22, é a vez de Paula Cardoso, fundadora do Afrolink, reflectir sobre o impacto da falta de representatividade negra na infância, e apresentar propostas para transformar contextos de impossibilidades em possibilidades. O ponto de partida para este momento são os primeiros anos de escolarização, em que uma pergunta torna-se incontornável: “O que queres ser quando fores grande?”.

“Mais do que a expressão de um sonho infantil, a escolha tende a traduzir a observação que fazemos da realidade. Não estranha, por isso, que a resposta venha entrelaçada a alguém que conhecemos e reconhecemos como igual”, antecipa a sinopse do seminário apresentado pela também autora da marca de livros infanto-juvenis Força Africana.

A fundadora do Afrolink nota que “é natural que, num mundo dominado por referências brancas, crianças negras apenas aspirem ser o que outras pessoas negras à sua volta são”, processo que leva a que “antes sequer de pensarem no que podem ser, se confrontem com tudo aquilo que não podem ser”.

“Foi assim comigo”, adianta, lançando o mote para o encontro online do próximo dia 22.

O ciclo de seminários termina, a 3 de Abril, com a participação da performer, arte-educadora, activista e curadora independente Melissa Rodrigues, que propõe um diálogo “através da observação e análise conjunta de textos, artigos, notícias, imagens, reflexões questionamentos sobre a “Presença e Ausência de artistas e agentes culturais negres no sector cultural português”.

Antes desse momento, o programa inclui ainda, no dia 27 de Março, a intervenção de Marco Paiva, Marta Sales e Tony Weaver.

Inscreva-se agora!

Para mais informações, pode consultar a página web da Acesso Cultura.

 

Paula Cardoso, com o primeiro da série Força Africana

Fotograma da vídeo-performance de Melissa Rodrigues ‘CORONAS IN THE SKY, Not a Manifesto! An Essay on Afrofuturism and Liberation’, 2020 – Berlin/Porto