Comediante, viajante, militante dos Direitos Humanos…ou apenas “idiota”

“Sensivelmente Idiota”, leia-se acima, é a identidade com a qual se populariza na arena digital, entre rounds de humor na blogosfera, Facebook, Twitter, Instagram e YouTube. Comediante, viajante e “razoável apreciador da vida boémia”, Diogo Faro trocou o trabalho em Marketing e Publicidade pelo desafio de fazer rir. Cerca de oito anos depois da decisão, o também autor do podcast “Desta para Melhor” é reconhecido não apenas pelas piadas, mas cada vez mais pelo seu activismo. “Acho que os Direitos Humanos são uma coisa mais ou menos decente pelas quais nos devemos bater”, diz-nos, antes de se juntar a nós, na primeira emissão de 2021 do Lado Negro da Força. Amanhã, a partir das 21h30.

por Afrolink

Publicou três livros. Assina crónicas. Percorre palcos com espectáculos de stand-up. Criou o podcast “Desta para Melhor”. Inventou o Instituto Português para os Altos Estudos da Felicidade. Abriu as suas redes sociais ao combate a todas as discriminações. Formou-se na Escola Superior de Comunicação Social. Também estudou para ser clarinetista, no Conservatório da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Entre viagens, foi deportado do Irão para o Dubai. Fez voluntariado na Índia. Viveu na Bulgária, onde traduziu banda desenhada japonesa numa empresa que geria sites pornográficos. Tem costela indiana. Conta que quase nasceu em cima de um piano, herança de mãe cantora lírica e pai maestro e compositor.

E, enquanto perdemos o fôlego com a apresentação de Diogo Faro, o próprio resume tudo num par de frases: “A única coisa que têm de saber sobre mim é que sou comediante, viajante tanto quanto posso, e sou um razoável apreciador da vida boémia. Ah, e acho que os Direitos Humanos são uma coisa mais ou menos decente pelas quais nos devemos bater”.

Parco nas palavras sobre si mesmo – até porque “as auto-biografias devem ter sido inventadas pelo Narciso, e soam sempre àquele aluno que na auto-avaliação diz à professora que merece 20 só porque não dá para mais” –, o humorista prefere soltar o verbo para nos pôr a rir, mas também a reflectir.

“Não estou preocupado com o rótulo. Estou registado nas Finanças como comediante e quero fazer rir. Nas redes sociais, às vezes escrevo coisas que fazem rir mais, outras estou só a fazer uma crítica porque gosto de escrever”, disse em entrevista ao Público, distanciando-se de tentações ‘influenciadoras’.

“Não estou aqui para mudar a mentalidade a ninguém, não vou salvar o mundo só porque estou sempre aos berros a dizer “isto é injusto”. Mas se, às vezes, fizer as pessoas pensar um bocado, já é bom. Podem não concordar comigo, os meus amigos próximos também não concordam sempre comigo e isso é bom para podermos falar. A não ser que as pessoas sejam super-racistas ou homofóbicas, aí não há conversa”.

Inflexível na defesa de valores que, não se cansa de repetir, deveriam ser universalmente reconhecidos e respeitados, Diogo soma mais de 300 mil seguidores, entre Facebook, Twitter e Instagram.

Mas foi na blogosfera que se estreou com a identidade “Sensivelmente Idiota”. Para conhecer amanhã, em directo, a partir das 21h30, em mais uma emissão d’ O Lado Negro da Força. No Facebook e no YouTube.