Como o Afrolink vem salvar o nosso pescoço – o teste que importa fazer

Olhem em volta. Observem o movimento no espaço público português. Quem ocupa posições de chefia nas grandes empresas? Quem está no atendimento em instituições públicas? Ao balcão de agências bancárias? Em destaque nos outdoors publicitários? Presente em colunas de opinião das revistas e jornais? Nos programas de TV?

 

Olhem em volta. Reparem nos vossos colegas de trabalho, nos companheiros de transportes, nos membros da vossa vizinhança, nos clientes dos cafés e restaurantes, em quem garante os chamados serviços essenciais.

Continuem a olhar em volta. Todos os dias, em todos os espaços por onde circulam. Há negros? Que lugares ocupam?

O exercício de observação aqui proposto é originário do Brasil, e foi pensado pela professora de História, Luzia Souza, e pelo funcionário público, Francisco Antero.

Aplicado desde 2013, o chamado “teste do pescoço” popularizou-se como mais um indicador das desigualdades raciais que atravessam a sociedade brasileira, e que, observamos nós, também têm expressão em Portugal.

Com a significativa diferença de que, por cá, a não recolha de dados étnico-raciais faz da nossa capacidade de observação “O” indicador. E é aqui que se agravam os problemas, porque nem sempre conseguimos ver sem a distorção das nossas próprias realidades e privilégios.

 

Consciente desta dificuldade, o Afrolink parte da observação proposta pelo “teste do pescoço” para criar um espaço de visibilização negra, e poupar-nos a todos de um torcicolo para a vida.

Para isso, daremos a conhecer conquistas e desafios profissionais, projectos, negócios e iniciativas da comunidade africana e afrodescendente. Sempre com foco na valorização e celebração do que nos une, apresentaremos uma nova história diariamente, de segunda a sexta-feira.

Ao mesmo tempo, partilharemos sugestões de leitura e eventos.

Saibam mais sobre nós na página de apresentação. 

Fiquem ligados!