Da actualidade à Escravatura, Catarina Demony documenta o mundo

Correspondente da agência Reuters em Lisboa, Catarina Demony dá a conhecer ao mundo o que se passa em Portugal, através de uma ampla cobertura noticiosa, onde tanto se encontram temas de economia como de política. Além de se focar na actualidade, a jornalista e mestre em conflito global e processos de paz tem-se debruçado sobre o passado, a partir do envolvimento dos seus antepassados no tráfico de pessoas escravizadas no Atlântico. O exercício, em que estabelece a ligação entre esse capítulo da História e o racismo quotidiano, pode ver-se no documentário “Debaixo do Tapete”, no qual assina a produção executiva. Uma história para conhecer a partir das 21h n’ O Lado Negro da Força.

por Afrolink

Dia após dia a noticiar a actualidade portuguesa, que dá a conhecer ao mundo como correspondente da agência Reuters, a jornalista Catarina Demony adicionou à dieta informativa do quotidiano a produção de um documentário onde o passado histórico do país está em primeiro plano.

Intitulado “Debaixo do Tapete”, o trabalho, com realização de Carlos Costa, apresenta um olhar crítico sobre o legado escravocrata de Portugal, a partir do envolvimento que os antepassados e Catarina tiveram no tráfico de pessoas escravizadas no Atlântico.

Mais do que reconhecer o papel dos seus familiares, e os benefícios que daí resultaram, a jornalista sublinha como esse passado continua a marcar o presente, estabelecendo uma ligação directa entre escravatura e racismo quotidiano.

Longe de ser uma história única em Portugal, a produtora executiva de “Debaixo do Tapete” nota que, como a sua, muitas outras famílias fizeram fortunas à custa de seres humanos, consciência que tem vindo a desenvolver e a promover.

Nascida em Lisboa em 1992, Catarina cresceu na vila algarvia de São Brás de Alportel, antes de, aos 16 anos, ir viver para os EUA. Seguiu-se a mudança para Londres, onde se licenciou em Jornalismo pela Universidade de Kingston, formação a que junta o mestrado em Conflito Global e Processos de Paz.

Antes de se basear em Lisboa, a jornalista trabalhou em comunicação em várias ONGs, lançou um projecto para contar as histórias dos falantes de língua portuguesa na capital britânica, e editou uma plataforma para jovens jornalistas. 

As partilhas continuam mais logo n’ O Lado Negro da Força.

Para acompanhar em directo, a partir das 21h, no Facebook e no YouTube.