Da cientificidade racista e colonial às “Escritas de Nós, por Nós”

A artista Ângela Guerreiro, a escritora Gisela Casimiro e a historiadora Joacine Katar Moreira juntam-se no próximo domingo, 28, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC) de Lisboa, das 11h45 às 13h30, no “Ciclo Roda de Conversação no feminino: conhecimentos afrocentrados”. A iniciativa tem como anfitriãs a artista-pesquisadora Rita Cássia Silva, e a investigadora Teresa Mendes Flores, e faz parte da programação paralela à exposição “O Impulso Fotográfico: (des)arrumar o arquivo colonial”. O acesso à conversa é gratuito, reservado a 20 lugares, e está sujeito a inscrição obrigatória por e-mail geral@museus.ulisboa.pt, ou por telefone 213 921 808.

por Afrolink

Começa-se por lembrar que “a cientificidade racista promovida pelo movimento colonialista português tardio preconizou, nas primeiras décadas do século XX, a desumanização de pessoas não-brancas, não-europeias, através de dispositivos como a fotografia e a escrita de memórias”. Depois recorda-se que “as mulheres africanas negras eram enquadradas enquanto objectos de estudo, recaindo sobre elas toda uma série de violências”. Do passado para a actualidade, acrescenta-se que ainda hoje, “com 50 anos da vigência democrática, mulheres africanas negras e mulheres afrodescendentes, com origens diversas, lutam pelo direito de escrever e reescrever os seus próprios caminhos”.

O enquadramento serve de pano de fundo para o “Ciclo Roda de Conversação no feminino: conhecimentos afrocentrados”, que acontece no próximo domingo, 28, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC) de Lisboa, das 11h45 às 13h30.

Neste encontro, “vamos falar sobre trajetórias de vida, diferentes modos de escritas e/ou cocriações artísticas”, antecipa-se na sinopse, disponível na página do MUHNAC.

O momento tem como convidadas a artista Ângela Guerreiro, a escritora Gisela Casimiro e a historiadora Joacine Katar Moreira, recebidas pela artista-pesquisadora Rita Cássia Silva, e a investigadora Teresa Mendes Flores.

A conversa é de acesso gratuito, e insere-se na programação paralela à exposição “O Impulso Fotográfico: (des)arrumar o arquivo colonial”.

Apesar de não se pagar entrada, a inscrição é obrigatória, e está reservada a um máximo de 20 lugares.

Podem inscrever-se por e-mail para geral@museus.ulisboa.pt, ou por telefone 213 921 808