Dos ecrãs para os palcos, Cláudia Semedo inspira-nos a pensar

Actriz com provas dadas em teatro, televisão e cinema, locutora, escritora e, desde 2020 também encenadora, Claúdia Semedo tornou-se, mais do que um rosto mediático, uma voz que se projecta em defesa de uma sociedade melhor, mais inclusiva. Seja integrada no Grupo de Reflexão para o Futuro de Portugal, seja inserida na Campanha Nacional de Prevenção e Combate ao Racismo, lançada pela ex-Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade. Hoje é dia de sabermos mais sobre a sua história, em directo n’ O Lado Negro da Força, a partir das 21h. Venham!

por Afrolink

Reconhecemo-la dos programas que apresentou na televisão, percurso que cedo se desviou de uma linha de puro entretenimento, e ganhou uma orientação marcadamente pedagógica. Em “Mega Ciência”, por exemplo, formato transmitido pela SIC, Cláudia conduzia experiências divertidas, com as quais os espectadores aprendiam conceitos científicos.  Já no “Desafio Verde”, emitido pela RTP, a apresentadora ensinava a cuidar do ambiente, com dicas úteis para o dia-a-dia.

Também na RTP, “Cinco Dias, Cinco Causas” e “Notícias do Meu País” reforçaram a ligação a programas facilitadores de conhecimento.

A par da presença televisiva, Cláudia integrou, durante dois anos, a equipa de locutores do programa da manhã da Antena 3.

Formada em teatro, pela Escola Profissional de Teatro de Cascais, e licenciada em Jornalismo, pela Escola Superior de Comunicação Social, a actriz é, desde Janeiro de 2017, presidente da Companhia de Actores e directora artística do Teatro Municipal Amélia Rey Colaço.

O já longo percurso profissional trouxe-lhe, mais do que visibilidade, responsabilidade mediática: Cláudia projecta a voz por várias causas, nomeadamente a luta anti-racista, tendo integrado o grupo de trabalho para a Campanha Nacional de Prevenção e Combate ao Racismo, criado pela antiga Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade.

Sempre em defesa de uma sociedade inclusiva, a actriz é também um dos elementos do Grupo de Reflexão para o Futuro de Portugal, fundado em Setembro de 2018,  com o único propósito de “debater com o Presidente da República as grandes tendências da globalização e os seus impactos (directo e indirecto) em Portugal”.

O palco que desperta

Nascida em Oeiras em 1983, Cláudia tornou-se uma referência para os mais novos, tendo sido, entre 2010 e 2011, Embaixadora do Ano Internacional para a Juventude.

Do seu currículo consta igualmente o papel de Embaixadora do Ano Europeu para o Desenvolvimento, assumido em 2015.

Actriz com provas dadas em teatro, televisão e cinema, foi distinguida em 2008 como actriz revelação “Bernardo Santareno” e “Porto’s África”.  Já em 2011, venceu o prémio Best Acting no 48 Hour Film Project com a curta-metragem “Catharsis”, e em 2018 conquistou o mesmo galardão pela sua participação na curta-metragem “Espelho Meu”.

Multifacetada, a veia artística de Cláudia também tem assinatura literária: escreveu e ilustrou os livros “Adormecer Se(m)Medo”, “Sonhar Se(m)Medo” e “Acordar Se(m)Medo”.

Na sua biografia destaca-se ainda a autoria de “vários projectos de teatro, música e poesia, entre os quais “Sala de Estar”, “ConVersos”, “Fale Agora ou Cale-se Para Sempre”, “Olha Que Dois!”, “Fala-me Disso”, “O Bairro Das Águas Livres” e “Estamos Aqui, Iémen!”, para a Companhia de Actores, a Câmara Municipal de Oeiras, a Câmara Municipal de Lisboa e a RTP”.

Mais recentemente, em Março de 2020, a também embaixadora da marca de cosméticos Lancôme estreou-se como encenadora no projecto “Zé-Alguém”, uma ideia original sua.

A experiência repetiu-se no ano passado, o espectáculo “Casa Com Árvores Dentro”. Com ideia original e encenação de Cláudia, a peça, estreada no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, em Algés, confronta “profundas fracturas sociais”, inspirando “a pensar sobre o medo e o preconceito”.

Dentro e fora do palco, e hoje com passagem pelo Lado Negro da Força.

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