Elda fixa marca na moda, num desfile de identidades e sustentabilidade

Designer de moda, a moçambicana Elda Joaquim apresenta as linhas com que cose a sua identidade e a luta pela preservação do planeta: elas convergem para as criações da marca Kapulana San. Presente desde a 1.ª edição do Mercado Afrolink, e hoje em desfile n’ O Lado Negro da Força.

por Afrolink

Bisneta de indianos, neta e filha de moçambicanos, Elda Joaquim tem nas raízes e nas diversidades culturais uma fonte de inspiração. “Encontrei na moda uma forma de miscigenar as culturas com as quais cresci, e todas as que vou conhecendo”, explica a designer, nas notas biográficas partilhadas antes da emissão desta noite d’ O Lado Negro da Força.

Natural de Moçambique, onde nasceu a 14 de Outubro de 1984, Elda veio para Portugal pouco antes de completar 3 anos, acompanhada da mãe, Maria Luísa, e da irmã, Erieth.

A mudança incluiu a passagem por um lar de refugiados, onde se fixam as primeiras memórias revestidas de tecidos coloridos e sonhos com criações moda.
O interesse precoce, segundo contou ao programa Cidade Invisível, surgiu aos 4 ou 5 anos, a partir da observação das pessoas que a rodeavam, num desfile de estilos que cruzava padrões asiáticos e africanos.

Mais de três décadas depois, a designer de moda mescla todas essas influências na sua marca de roupa e acessórios: Kapulana San.

Com ela expressa a paixão pelas capulanas moçambicanas e pelos quimonos japoneses, sem esconder a admiração pela cultura têxtil nipónica, “principalmente no que se refere ao não desperdício”, e também “por tudo aquilo que podemos fazer para salvar e preservar o planeta”.

Desde a primeira edição presente no Mercado Afrolink, conta que cumprirá o seu objectivo como designer “se poder contribuir para que a moda abra mentes, crie conexões e seja sustentável”.

Um propósito para conhecer mais logo n’ O Lado Negro da Força.

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