Inquieta e revolucionária, Solange Salvaterra Pinto tem a palavra
por Afrolink
A curiosidade move Solange Salvaterra Pinto desde a infância. “O pai chamava-a ‘France Press’, porque sabia tudo o que se passava”, qual “agência noticiosa lá do sítio”.
O sítio, em São Tomé e Príncipe, enraíza a identidade de Solange Salvaterra Pinto, que se apresenta como “trindadense de gema”.
Conta também que continua curiosa, e recorda como cresceu: “Numa casa e numa família com dois irmãos, onde se respirava respeito, solidariedade, livros, música e debates”.
Hoje é activista anti-racista, feminista e interseccional, e empreendedora social, com presença assídua em debates sobre feminismo, racismo e outras causas – sejam elas quais forem –, em defesa dos direitos de grupos minoritários.
Afinal, conforme faz questão de assinalar, a sua vida é, ela própria, um reflexo das lutas que trava. Ou não fosse ela “mulher, negra e orgulhosa, e impecavelmente mãe solteira”.
A maternidade, é, aliás, um dos elementos que destaca na sua identidade: é mãe de um rapaz de 15 anos, que descreve como o seu amor da Rua 11, à letra dos poemas de Aires Almeida Santos.
Solange apresenta-se igualmente como uma pessoa “inquieta, revolucionária e às vezes desconcertante”.
Das palavras à acção, a activista encontrou na força colectiva uma via de transformação: foi vice-presidente da Men Non – Associação das Mulheres de São Tomé em Portugal, e uma das 27 fundadoras do INMUNE – Instituto da Mulher Negra em Portugal.
Actualmente está ligada à Comissão Instaladora do FDSTP- Fórum da Diáspora de São Tomé e Príncipe e, planeia, um dia ser Presidente do seu país.
Amanhã temos muito mais para conversar n’ O Lado Negro da Força.
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