Justiça Interseccional: uma conversa com Emilia Roig e Cristina Roldão

 

Na Alemanha e em Portugal, que caminhos tem percorrido a luta contra o racismo, e o feminismo negro? Como se combatem os diversos sistemas de opressão? De que modo as categorias de raça, género e classe se interligam na produção de exclusões? Em Berlim, Emilia Roig fundou o Centro para a Justiça Interseccional, e publicou o betseller “Why we matter. O fim da Opressão”, contributos valiosos para avançarmos nesses questionamentos. Por cá, a socióloga Cristina Roldão participa activamente no debate académico e público sobre o racismo e a história negra na sociedade portuguesa, tendo integrado os grupos de trabalho para o Plano Nacional de Combate ao Racismo e para a recolha de dados étnico-raciais nos Censos de 2021. Amanhã temos a oportunidade de as ouvir, num encontro inédito sobre “Justiça Interseccional”, que acontece a partir das 19h, no auditório do Goethe-Institut, em Lisboa. A conversa, inserida no ciclo “Quo Vadis, Europa?” e co-produzida pelo colectivo O Lado Negro da Força, será moderada por Paula Cardoso, do Afrolink, e terá transmissão online.

por Afrolink

O auditório do Goethe-Institut, em Lisboa, acolhe amanhã, às 19h, a conversa “Justiça Interseccional”, que junta Emilia Zenzile Roig, fundadora e directora do Centro para a Justiça Interseccional (CIJ) de Berlim, à socióloga Cristina Roldão, que tem participado activamente no debate académico e público sobre o racismo e a resistência negra na sociedade portuguesa.

O encontro, co-produzido pelo colectivo O Lado Negro da Força e moderado por Paula Cardoso, do Afrolink, vai cruzar as suas perspectivas sobre a luta anti-racista, na Alemanha e em Portugal, e o combate aos diversos sistemas de opressão.

Central para estas reflexões, e revolucionário por natureza, o feminismo negro oferece-nos um conceito fundamental para compreender, confrontar e desmantelar essas estruturas: a interseccionalidade.

O que significa? Como é que se relaciona com a justiça?

Amanhã é dia de conversarmos, com transmissão online aqui.

Até lá, partilhamos as biografias das duas convidadas.

Emilia Zenzile Roig (*1983) é fundadora e directora do Centro para a Justiça Interseccional (CIJ) em Berlim. Concluiu o seu doutoramento na Universidade Humboldt em Berlim e na Science Po Lyon. Emilia Roig leccionou interseccionalidade, teoria crítica da raça e estudos pós-coloniais, bem como direito internacional e europeu na Alemanha, em França e nos EUA. Dá palestras e conferências em toda a Europa sobre os temas da interseccionalidade, feminismo, racismo, discriminação, diversidade e inclusão e é autora de numerosas publicações em alemão, inglês e francês. É autora do bestseller “WHY WE MATTER. O Fim da Opressão”. Em 2022, foi eleita a “Mulher Mais Influente do Ano” no Prémio Impacto da Diversidade. Em 2023, publicou “O FIM DO CASAMENTO. Por uma revolução do amor”.

Cristina Roldão (*1980) é uma socióloga portuguesa que tem participado activamente no debate académico e público sobre o racismo e a resistência negra na sociedade portuguesa. Doutorada em Sociologia, é investigadora do ISCTE-IUL e docente da Escola Superior de Educação de Setúbal (ESE/IPS). Foi membro da comissão organizadora da 7.ª Conferência Internacional Afro-Europeia (Lisboa, 2019) e da coordenação do “Roteiro Antirracista” na ESE/IPS. É colunista do Público e integrou os grupos de trabalho para o Plano Nacional de Combate ao Racismo e para a recolha de dados étnico-raciais nos Censos de 2021. É co-autora do Tribuna Negra: Origens do Movimento Negro em Portugal (1911-1933).