Nalini Seik renasceu Dandara, entre artes de capoeira e trilhos de Educação
por Afrolink
Nalini Rodrigues Ussumane Seik apresenta-se como Dandara, muito mais do que um nome, um manifesto de vida. “Dandara é nome de Capoeira. Nome da mulher que foi escravizada, que foi para o quilombo, aprendeu a arte da luta, e enfrentou várias batalhas”, introduz a explicadora, lembrando que a heroína que lhe serve de inspiração acabou por se suicidar, quando se viu encurralada. “Preferiu a morte ao cativeiro”, aponta.
Com raízes paternas na Guiné-Bissau e maternas em Angola, Dandara é a mais velha de seis irmãos, vivência que, a partir dos 19 anos, com a perda da mãe “de forma trágica”, lhe “obrigou a uma postura diferente perante a vida”.
Na Capoeira há cerca de uma década, a ex-mestranda em Psicologia da Educação, conta que esse treino lhe permitiu voltar a si “como filha de África”.
Hoje dedicada a dar explicações a jovens dos Olivais e arredores, Dandara já trabalhou com diferentes populações, nomeadamente crianças, jovens, idosos, e pessoas em situação de toxicodependência e alcoolismo.
