Nesta “Casa com árvores dentro”, de onde crescem as raízes do preconceito?

O espectáculo “Casa com árvores dentro”, integrado no projecto |PÊ| – Prefixo de Desumanização, estreia-se no próximo dia 27, às 21h, no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, em Algés. Com ideia original e criação de Cláudia Semedo, e texto e dramaturgia Gisela Casimiro, a peça aborda “questões prementes como a discriminação étnico-racial, o capacitismo, a LGBTQFOBIA, a gordofobia, passando ainda pela saúde mental, a depressão e o suicídio nestas comunidades e nas camadas mais jovens”. Para ver de quinta-feira a sábado, até 26 de Novembro.

Texto por Afrolink

Foto de Miguel Afonso

Se “a casa é como uma caixa, que protege e sufoca”, conforme propõe o Dicionário de Símbolos de Jean Chevalier, que arquitectura separa um destino do outro? Que linhas nos defendem da asfixia?

O espectáculo “Casa com árvores dentro”, integrado no projecto |PÊ| – Prefixo de Desumanização promete interpelar-nos com essas e outras perguntas.

Com ideia original e criação de Cláudia Semedo, e texto e dramaturgia Gisela Casimiro, a peça estreia-se no próximo dia 27, às 21h, no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, em Algés.

Apresentada como “uma ferramenta de pensamento, de questionamento, de levantamento de possibilidades de transformação social e cívica, desde as mais simples às mais significativas”, esta  “Casa com árvores dentro” aborda “questões prementes como a discriminação étnico-racial, o capacitismo, a LGBTQFOBIA, a gordofobia, passando ainda pela saúde mental, a depressão e o suicídio nestas comunidades e nas camadas mais jovens”.

A partir da definição de casa proposta por Chevalier, o espectáculo usa a cama como elemento central, símbolo de “lugar de nascimento, de amor, de enfermidade, de morte”. Já “o telhado é a cabeça e o espírito, o controlo da consciência”, enquanto “o exterior é a máscara e a aparência”. Acrescenta-se a “árvore como eixo, sabedoria, vida, como suporte e esqueleto, veículo de memórias passadas, matéria a partir do qual os elementos da casa são feitos”. Remata-se com uma questão: “O que fica quando estas partes se movem, são destruídas ou sofrem a erosão do tempo e dos elementos?”.

Cinco personagens prometem trazer-nos respostas, novas perguntas, e mais respostas e perguntas, numa narrativa em torno da “história de uma família peculiar, forçada a partilhar temporariamente um lar construído a partir de profundas fracturas sociais e discriminações várias”.

Construída para “inspirar a pensar sobre o medo, o preconceito e tudo o que preferíamos não lembrar que ainda acontece”, a esta  “Casa com árvores dentro” vai estar em cena até 26 de Novembro no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, seguindo, no próximo ano, para Ovar.

“A obra foi escrita primeiramente a partir de um historial de voluntariado e serviço social, com base em entrevistas, casos reais e experiências pessoais. Seguiram-se-lhe dezenas de diálogos e sessões de trabalho com educadores, assistentes sociais, mediadores culturais, sociólogos, antropólogos, psicólogos, performers e activistas”.

Desse elenco de participações especiais sobressai uma missão comum :“Pessoas unidas por uma intenção comum de levar adiante uma consciência mais informada e sensível à diferença, mobilizando à acção comunitária na construção de um mundo mais justo, igualitário e representativo”. Com todos e para todos.

Reservas com:

Teatro Municipal Amélia Rey Colaço: 919714919 / cda.reservas@gmail.com

Bilhetes à venda em:

https://www.bol.pt/Comprar/Bilhetes/115247-casa_com_arvores_dentro-t_m_amelia_rey_colaco/

 

Ficha Artística

Ideia Original e Criação | Cláudia Semedo

Texto e Dramaturgia | Gisela Casimiro

Ambiente Sonoro | Kalaf (Curadoria)

Design e Cenografia | Rodrigo Ribeiro Saturnino (ROD)

Figurinos | Paulo Subtil

Desenho de Luz I Sérgio Gaspar

Realização (Documentário) | Miguel Afonso Carranca 

Co-produção | Companhia de Actores | RTP2 | Centro de Arte de Ovar

Apoio | DGARTES I Oeiras Valley Município de Oeiras | Câmara Municipal de Ovar I Lisboa Criola

Parcerias | Antena 1 | Bantumen | Afrolink | CIG I Guel Produções Audiovisuais