No grande ecrã de César Mota, projecta-se a mudança do cinema luso
por Afrolink
Primeiro experimentou o vídeo, no papel de operador de câmara, e depois estreou-se em fotografia. Agora, César Mota, de 33 anos, vive no encontro desses dois mundos: trabalha como director de fotografia na área do cinema.
A via de especialização profissional, forjada a partir do Centro de Audiovisuais do Exército Português, cumpre-se no Reino Unido, para onde o lisboeta se mudou, em 2018.
Antes de embarcar na aventura britânica, iniciada “na esperança de dar seguimento aos estudos no mundo do cinema”, César realizou várias reportagens fotográficas, “desde cerimónias e exercícios militares, a visitas de Estado”, e participou em alguns festivais, como o 48hFilmProject Lisboa, do qual saiu premiado.
A distinção aconteceu na edição 2017/18, com a produção “Eu, pinto” (vídeo à direita), eleita pelo público como a melhor curta.
Já em Inglaterra, o director de fotografia conseguiu prosseguir a formação, dois anos após a chegada.
“Trabalhava à noite, e nos momentos de folga fotografava artistas nos seus concertos, conciliando duas paixões: a imagem e a música”, lê-se na biografia do próximo convidado d’ O Lado Negro da Força, entretanto formado pelo London College of Communication, da Universidade de Artes de Londres.
“O objectivo é um dia voltar a Portugal e mudar o paradigma do cinema português, no que toca às narrativas do povo africano, e para dar mais visibilidade às peles negras no ecrã”, adianta César, que tirou o curso de MA Film, na especialidade de director de fotografia.
Amanhã é dia de sabermos mais, n’ O Lado Negro da Força, a partir das 21h, em directo no Facebook e no YouTube.