Nunca foi ao teatro? Esta Casa Portuguesa pode acolher a sua primeira vez
Texto por Afrolink
Fotos de Filipe Ferreira
Seja porque nenhuma das roupas que usa parece adequada, seja por ter metido na cabeça que os bilhetes são caríssimos, seja por imaginar que as peças são difíceis de compreender, todos os motivos concorrem para o mesmo resultado: a ideia de que o Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, é um espaço inacessível. Não estranha, por isso, que muitas pessoas nunca lá tenham posto os pés, realidade que o projecto “Primeira Vez” se propõe alterar.
Criado com o objetivo de trazer novos espectadores ao Teatro, este é um projeto de mediação de públicos que está a colaborar com o D. Maria II desde 2018.
“Tentamos destruir os estereótipos que muitas pessoas associam a ir ver um espectáculo ao Teatro Nacional D. Maria II”, explicam os promotores, apontando como elementos dissuasores de uma visita a ideia de que o preço das entradas é muito elevado, ou de que é exigido ao público uma determinada postura e vestuário.
“Acreditamos na democratização do acesso à cultura e que todas e todos, sem excepção, têm o direito de usufruir da mesma, à sua medida e à sua maneira!”, sublinham, reforçando que “a cultura é um bem verdadeiramente público!”.
Do propósito para a concretização, o projecto encarrega-se de “apadrinhar” a estreia de novos participantes. Como?
“Reservamos os bilhete, que disponibilizamos a um preço reduzido, [6 euros]; acolhemos no Teatro as pessoas que se inscrevem no projecto; convidamos cada pessoa a assistir a três peças de teatro e a participar numa visita guiada; e, após cada peça, organizamos uma conversa breve com a equipa artística, para esbater a distância entre os novos públicos e os artistas e técnicos que trabalham nas peças e no Teatro”.
A próxima oportunidade de viver esta experiência acontece nos dias 2, 5 e 9 de Outubro, com a peça “Casa Portuguesa”, que se estreia amanhã, às 19h.
Da autoria de Pedro Penim, que é também director artístico do D. Maria II, o espectáculo “conta a história (ficcional) de um ex-soldado da Guerra Colonial que, dialogando com os seus fantasmas, se vê confrontado com a decadência e a transformação do ideal de casa, de família, de país e do cânone da figura paterna”.
Segundo se lê na sinopse, “Casa Portuguesa”, nasceu da conjugação de três materiais: fado, diário de guerra e ensaio filosófico.
Inscreva-se para a sua primeira vez no Teatro aqui: https://primeiravez.pt/contactos.php
Ou faça reserva por primeiravez@primeiravez.pt
Saiba mais sobre a peça “Casa Portuguesa” na morada online do D. Maria II


