O lugar de saber da língua e cultura cabo-verdianas que move Hélder Lopes
Nascido no Barreiro com raízes em Cabo Verde, Hélder Lopes decidiu agir quando se deparou com a ausência da língua e cultura cabo-verdianas ao longo da sua formação. Empenhado em transportar para as instituições de saber as aprendizagens construídas no seio familiar, o investigador e tradutor está a debruçar-se sobre tradução, teatro e o fenómeno da crioulização, no âmbito do seu doutoramento. Uma história que vamos conhecer, a partir das 21h, n’ O Lado Negro da Força.
por Afrolink
Nos últimos anos, Hélder Lopes tem-se dividido entre a morada em Portugal e o trabalho de campo em Cabo Verde, desenvolvido com o Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo.
Mais do que uma rota de investigação, inserida no doutoramento que está a realizar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), através do Centro de Estudos Comparatistas, essa viagem emerge como parte de um processo de afirmação identitária e de transformação académica.
O ponto de ignição, lemos na biografia de Hélder – nascido no Barreiro, com raízes em Cabo Verde –, deu-se diante da ausência da língua e cultura cabo-verdianas na sua formação, sobretudo no ensino superior. Procurando trazer a aprendizagem construída no seio familiar para as instituições de saber, o doutorando está a debruçar-se sobre tradução, teatro e o fenómeno da crioulização.

A trajectória de conhecimento do investigador e tradutor, licenciado em Línguas, Literaturas e Culturas Comparadas (Inglês e Espanhol), pela FLUL, e Mestre em Estudos de Tradução pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, cumpre-se também fora da academia.
Além de se ter associado, em 2021, ao Movimento Negro Portugal, enquanto fotógrafo amador, Hélder está investido em captar momentos e memórias que falam de identidade e pertença.
Hoje junta-se ao Lado Negro da Força, e promete partilhar o seu olhar sobre a identidade crioula em território luso.
Para ver em directo, a partir das 21h, no Facebook e no YouTube.