O Zelo que se expressa em colectivo artístico, e celebra a nossa diversidade

O recém-fundado Coletivo Zelo apresenta-se de 20 a 25 de Agosto, em Lisboa, a partir das 16h, com uma exposição que junta criativos de múltiplas origens étnicas, unidos no propósito de promover no país uma maior representatividade de artistas BIPOC – acrónimo popularizado nos EUA e que designa “Black, Indigenous, and People of Color”. Além da mostra, a inaugurar na associação Safra, no Lumiar, o programa inclui, na abertura e no encerramento, música ao vivo e DJ Set. Já nos restantes dias, estão planeadas conversas, performances, workshops, jam sessions e leitura de poemas. O Afrolink falou com os organizadores, e antecipa o que aí vem.

por Afrolink

Somam raízes angolanas, curdas, guineenses, macaenses e moçambicanas, e, propõem trazer uma maior diversidade étnica ao sector artístico português através do Coletivo Zelo.

“Todos concordamos que existe falta de representatividade neste cenário”, explica o grupo ao Afrolink, num coro de vozes que inclui a fundadora Daisy (Margarida Conceição), e outros quatro elementos: Élio Sol, Elu, Renato Pires e Sofia Seidi.

“Começamos a reunir em março deste ano, e o nosso fio condutor tem sido a Daisy, que sabe temos em comum a preocupação com uma homogeneidade artística, e as feridas que a história deixou aos nossos ancestrais, e por consequência a nós também”.

Empenhados em “fomentar conversas sobre a mentalidade e narrativas que têm sido perpetuadas através da história do país, e contribuir na criação de um espaço multicultural que celebra a diversidade ao invés de vê-la como algo estranho, exótico ou bizarro”, o Coletivo pretende “dar mais palco e reconhecimento público” a artistas BIPOC – acrónimo popularizado nos EUA e que designa “Black, Indigenous, and People of Color”.

A missão inaugura no próximo sábado, 20, na associação Safra, em Lisboa, a primeira exposição colectiva, num evento que se estende até 25 de Agosto.

Além da mostra, que reúne obras dos artistas que integram o Zelo e de vários convidados – Sofia Yala N’Lolo, David Antunes, Olson Ferreira, Daniel Arthur e Jhon Douglas –, o programa de apresentação do novo Coletivo, inclui, na abertura, concertos de Ja Yi, Kenny e Mel das Peras.

Já para o dia de encerramento está agendada a actuação do rapper Filipe Gao, bem como sessões DJ de FABZ e fvbricia, misturando estilos de Batida, o Amapiano e Afro House.

Nos restantes dias, o Zelo propõe outras actividades, nomeadamente conversas, performances, workshops, jam sessions e leitura de poemas.

Embora a visita à exposição seja gratuita, sempre das 16h às 20h, o acesso ao evento faz-se mediante pagamento, para que os artistas recebam pelo seu trabalho.

“Ao comprarem um bilhete, estão a assegurar o respeito, reconhecimento e a honra por cada artista”, sublinha o Coletivo.

Para mais informações sobre o Zelo, podem seguir a conta no Instagram.

A bilheteira do evento está disponível online.