Os trânsitos que atravessam a obra de Ana Pi, e nos recebem em Lisboa

A multifacetada artista brasileira Ana Pi, cujo trabalho tem percorrido vários países, nomeadamente africanos – como Angola, Burkina Faso, Costa do Marfim, Etiópia, Guiné-Equatorial, Mali, Mauritânia, Níger e Nigéria – partilha connosco, na próxima sexta-feira, 20, em Lisboa, mais um destino criativo. Desta vez, a proposta de encontro surge no âmbito de uma residência de pesquisa, para conferir no Espaço Alkantara, a partir das 19h. A entrada é livre, mas limitada a 33 lugares. Reserve o seu!

por Afrolink

Desafiada pela rede Terra Batida, a artista Ana Pi partilha, na próxima sexta-feira, 20, o resultado de uma residência de pesquisa “com foco na cidade de Lisboa e nos trânsitos em diferentes escalas”. Nomeadamente entre centro e periferia, rural e urbano, nacional e internacional, passado e futuro, e local e global. 

O encontro, com entrada livre, embora restrita à lotação, começa às 19h, no Espaço Alkantara, e promete guiar-nos pelas múltiplas paragens que marcam o destino criativo de Ana Pi, apresentada como uma “artista da imagem e da coreografia, dançarina extemporânea e pedagoga, pesquisadora -conferencista-performer sobre danças periféricas”.

Mulher negra nascida no Brasil em 1986, o seu trabalho reflecte conceitos como “trânsito, deslocamento, pertencimento, sobreposição, memória, cores e gestos ordinários”, lemos na sua biografia.

A sua trajectória destaca-se igualmente, entre outras produções, pelo seu primeiro documentário, intitulado “NoirBLUE – deslocamentos de uma dança”.

Corpo, imagem, gestos sagrados, periferia…e tanto mais

Realizado durante uma viagem a África – que percorreu Angola, Burkina Faso, Costa do Marfim, Etiópia, Guiné-Equatorial, Mali, Mauritânia, Níger e Nigéria –, o filme soma vários prémios, como o de “melhor curta-metragem brasileiro” nos festivais internacionais de cinema de Recife e Belo Horizonte.

A história apresentada no grande ecrã também salto para os palcos, como um espectáculo solo criado em França e já apresentado noutros países europeus, incluindo Portugal. 

Ana Pi é também reconhecida pela prática “CORPO FIRME”, na qual “danças da periferia das grandes cidades, chamadas de danças urbanas, estão intimamente ligadas aos gestos sagrados presentes na Diáspora Negra nas Américas”.

Numa actuação sem fronteiras, a artista consolida a experiência profissional um pouco por todo o mundo “através de programas de residência artística, oficinas sobre corpo, imagem, gestos sagrados e periferia”, bem como pela participação em festivais internacionais.

Sexta-feira, parte do seu destino criativo passa por Lisboa.

Saiba mais sobre o trabalho de Ana Pi:

Reserve um lugar no Espaço Alkantara

Email: ionara@alkantara.pt