por Afrolink

Livrarias, bibliotecas e instituições de ensino, abrem-se para receber, nos próximos dias, a escritora moçambicana Paulina Chiziane, vencedora do Prémio Camões 2021.

Em Portugal para um tour literário, promovida pela sua editora – a Editorial Caminho, do grupo Leya –, a autora de “Balada de Amor ao Vento” inicia hoje, às 18h30, o périplo, com uma conversa no anfiteatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

O momento pode ser acompanhado online, e, tal como os restantes que integram a programação, é de acesso livre.

Confira, abaixo, os diferentes pontos de passagem desta viagem, que termina no próximo dia 21, com a presença na Fundação Gulbenkian, precedida de um encontro na livraria Bazofo, na Cova da Moura.

O tour literário de Paulina Chiziane acontece cerca de sete meses depois de ter sido distinguida, por unanimidade, com o Prémio Camões, reconhecido como o maior e mais prestigiado galardão literário de língua portuguesa.

Nascida em 1955, na província de Gaza, que se situa no sul de Moçambique, a escritora foi a primeira mulher a publicar um romance em Moçambique. Aconteceu em 1990 com “Balada de Amor ao Vento”.

O seu percurso, onde os subúrbios de Maputo foram território de crescimento, cruzou-se também, na juventude, com a militância na Frelimo (Frente de Libertação Nacional).

A política acabou, contudo, por não dar resposta às suas aspirações, em especial no que concerne à condição feminina, tema incontornável nos seus livros, alguns dos quais traduzidos para inglês, alemão, italiano, espanhol, francês, sérvio e croata.

Já o português, “aprendido de Portugal”, conforme descreve, entrou na sua história através da escola de uma missão católica. Além deste idioma de escrita, Paulina é falante das línguas chope e ronga.

Enquanto esperamos para escutá-la, recordamos algumas das palavras com que recebeu a notícia do Prémio Camões.

“Afinal a mulher tem uma alma grande e tem uma grande mensagem para dar ao mundo”, disse a escritora, em declarações à agência Lusa, rematando: “Este prémio serve para despertar as mulheres e fazê-las sentir o poder que têm por dentro”.

Sentimos!