Projecções (anti)-coloniais no cinema – o convite para re-imaginar o império

O Hangar – Centro de Investigação Artística acolhe o workshop “Re-imaginar o império. Projecções (anti)-coloniais no cinema”, idealizado e ministrado pela investigadora Maria do Carmo Piçarra. A formação, dividida em dois módulos, inicia-se online, já a partir da próxima semana, e prossegue, no final de Outubro e início de Novembro, em Lisboa, em formato presencial. Garanta já o seu lugar!

Texto por Afrolink

Foto de Faria de Almeida, na rodagem do filme “Catembe”

De que modo o cinema favoreceu o Estado Novo? Que acção teve a sétima arte nas lutas de libertação em África? Mais do que levantar questões, o workshop “Re-imaginar o império. Projecções (anti)-coloniais no cinema”, idealizado e ministrado pela investigadora Maria do Carmo Piçarra, promete trazer respostas.  

“O Estado Novo usou o cinema para impor, interna e externamente, a imagem de um país pluricontinental e multirracial. Muitas ideias propagadas nunca foram questionadas após o restabelecimento da democracia e após as independências dos países de língua portuguesa”, lemos na apresentação dessa formação, a inaugurar na próxima semana, no Hangar – Centro de Investigação Artística. 

“Este curso livre discutirá como é que a propaganda – e a censura – do Estado Novo determinou as representações relativas aos países de língua portuguesa, incluindo os casos da “Ásia Portuguesa”. Debaterá ainda as evidências da (im)possibilidade de um outro olhar sobre as ex-colónias portuguesas em obras de autor do Cinema Novo que foram censuradas e proibidas e abordará os usos do cinema pelos diferentes movimentos políticos, durante as lutas de libertação em África”.

Dividido em dois módulos, o workshop inicia-se online, já na próxima semana, com três dias de formação, marcados para 7, 8 e 9 de Outubro. 

Segue-se, a 30 de Outubro e 6 de Novembro, o segundo e último módulo, a decorrer em formato presencial, para um máximo de 12 participantes.

“Este segundo curso livre aprofundará os usos do cinema pelos diferentes movimentos políticos, durante as lutas de libertação africana e particularizará os casos de Goa, Macau e Timor. Analisará ainda a emergência de projectos de cinema nacional em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau e aprofundará os contributos de alguns autores. Fará uma panorâmica sobre as cinematografias actuais nos países africanos de língua portuguesa particularizando também os casos orientais”. 

Para mais informações e inscrições, consulte a página do Hangar – Centro de Investigação Artística.