Que vivências e violências enformam um grito? Neusa Trovoada expõe

A artista visual Neusa Trovoada inaugura, na próxima sexta-feira, 26, no Instituto, espaço localizado no Porto, a sua primeira exposição a solo, intitulada “CHORUS 1.8, de composição de um grito”. A mostra integra a performance Coro dos Assombrados de Zia Soares, com texto de Djaimilia Pereira de Almeida, e nela observa-se a boca, “cujos canais da comunicabilidade contêm escuros resíduos de eventos historicamente violentos”. Para visitar até 17 de Junho.

Texto por Afrolink

Foto de capa de António Castelo

O que se solta num grito? Quanto de agressão contém? E de libertação?

Na sua primeira exposição a solo, a inaugurar na próxima sexta-feira, 26, a artista visual Neusa Trovoada propõe que se observe a “composição de um grito”, a partir da boca, “cujos canais da comunicabilidade contêm escuros resíduos de eventos historicamente violentos”.

O exercício vem prenunciado na sinopse da mostra: “A boca, restringida, ensaia vivências de uma invasão violenta. O soterramento da fala, a convulsão das palavras, a condensação da voz, a repetição. Um grito implode. Um grito explode”.

Construída com a colaboração de vários artistas, “CHORUS 1.8, de composição de um grito” traz-nos a forografia de Nú Barreto, a composição e design de som de Xullaji, o vídeo de António Castelo e a interacção e tecnologia de Cláudia Sevivas.

Apresenta como “um projecto tentacular que envolve instalação, performance, oficinas e uma conferência”, a exposição integra a performance Coro dos Assombrados de Zia Soares, com texto de Djaimilia Pereira de Almeida.

Para ver de 26 de Maio a 17 de Junho

Morada:  INSTITUTO 

Horários

Seg. a Qui. 10h-18h

Sex. 10h-21h

Sáb. 17h-21h

 

Nota: No último dia da exposição (sábado, 17 de Junho), é possível assistir à performance “Coro do Assombrados”, marcada para as 21h.