Um diabo à solta em Lisboa, com a memória dos prisioneiros do Tarrafal

O mais recente romance do escritor cabo-verdiano Mário Lúcio Sousa, intitulado “O Diabo foi meu Padeiro”, serve de mote para dois encontros literários com o autor. O primeiro está marcado para esta terça-feira, 6, em Oeiras, enquanto o outro acontece na sexta-feira, 9, no Museu do Aljube Resistência e Liberdade, em Lisboa.

por Afrolink

Cantor, compositor, escritor e pensador, Mário Lúcio Sousa subiu, no último sábado, 3, ao palco do Auditório Eunice Muñoz, em Lisboa, para um concerto integrado no festival “Soam as Guitarras 2020”.

Um par de dias antes, o ex-ministro da Cultura de Cabo Verde actuou em directo, no programa “Conversas ao Sul”, da RTP África.

Agora, a semana reserva-nos dois encontros literários com o escritor, a propósito do seu mais recente romance, intitulado “O Diabo foi meu Padeiro”.

A obra, lê-se na sinopse, “aborda de forma muito crua e urgente a resistência dos presos políticos enviados para o Campo de Concentração do Tarrafal a partir de 1936, a sua memória e a das gentes de Chão Bom que viveram e conviveram de muito perto a experiência tenebrosa deste campo de morte lenta”.

Publicada em 2019, nos 45 do encerramento do Tarrafal, a história reconstitui, pela voz de vários prisioneiros, atrocidades inomináveis.

A primeira conversa está marcada para esta terça-feira, 6, a partir das19h, na Livraria-Galeria Municipal Verney, em Oeiras, palco do Café com Letras, evento organizado pela autarquia local.

O momento será transmitido em directo a partir do Facebook do Câmara de Oeiras, e vai contar com a moderação da jornalista Ana Daniela Soares.

Conversa com música no Aljube

Já na sexta-feira, 9, o escritor cabo-verdiano marca presença no Museu do Aljube Resistência e Liberdade, para mais uma apresentação de “O Diabo foi meu Padeiro”. Neste caso, o encontro acontece a partir das 18h30, conta também com a participação da editora Maria do Rosário Pedreira e inclui um momento musical.

Tal como o evento de Oeiras, o debate do Aljube será transmitido em directo através do Facebook da instituição.

No entanto, quem quiser assistir presencialmente, poderá fazê-lo de forma gratuita, desde que a lotação o permita, e mediante inscrição obrigatória para: info@museudoaljube.pt