Afrolink Business: a via para aprender, empreender e crescermos juntos
Texto por Afrolink
Fotos de Big Lisbon Media
Quem somos? Em que áreas nos movimentamos? Que desafios enfrentamos? Como nos podemos apoiar nas nossas trajectórias de vida, nos projectos e negócios que desenvolvemos?
O Afrolink nasceu a partir desses e de outros questionamentos. Primeiro em circuito fechado, no Facebook, e, desde 29 de Junho de 2020, com morada própria, e aberta a todas as pessoas.
Dia a dia, ao longo dos últimos quase quatro anos, comprometemo-nos a reconhecer e honrar heranças ancestrais, apresentando figuras e factos históricos sobre a presença negra em Portugal, demos a conhecer profissionais negros das mais variadas áreas, divulgámos reptos e eventos anti-racistas, visibilizámos iniciativas invisibilizadas.
Investidos em expor os vieses da narrativa mediática instalada, propusemo-nos construir a nossa própria narrativa, acessível a partir do nosso site, Facebook e Instagram.
A linha editorial evoluiu, entretanto, para uma linha de negócios, inaugurada a partir da organização do Mercado Afrolink.
Dois anos depois desta iniciativa, chegou o momento de aprofundar a dinâmica iniciada, consolidando ligações já estabelecidas e facilitando novos contactos, nomeadamente com investidores.
A via de concretização é o segmento Afrolink Business, cuja etapa inaugural aconteceu no final de Janeiro, com o lançamento de um programa piloto de capacitação – o Afrolink Business Program –, a que se junta agora a construção de uma rede de ignição de novas ideias, contactos e acessos: a Afrolink Business Network.
O primeiro encontro desta rede aconteceu na semana passada, na Casa do Impacto, em Lisboa, sob o mote “Negócios: como planear, investir e financiar com sustentabilidade?”.
Connosco estiveram os convidados Nuno Amado, da Casa do Impacto, e Rui Coelho, da 6 graus| Parceiro de investimentos, que partilharam experiências e conhecimento, a partir de uma questão de partida.
Alguma vez estiveram num espaço, em Portugal, a discutir negócios, apenas com uma audiência de pessoas negras que se dedicam a empreender?
Há uma resposta antes e depois do nosso primeiro encontro Afrolink Business Network.
Começámos por esse questionamento, por entendermos que importa refletir sobre as barreiras étnico-raciais que encontramos no acesso aos espaços onde se decidem candidaturas, investimentos, linhas de financiamento, e outros apoios ao negócio.
Consciente de que as comunidades afroportuguesa, africana, afro-brasileira e afrodescendente permanecem à margem dessas oportunidades, o Afrolink pretende derrubar os obstáculos já identificados, nomeadamente para escalabilidade dos projetos, apostando na criação de mais e melhores acessos.
Por detrás desta iniciativa está a convicção de que só com união conseguiremos encontrar respostas para as nossas necessidades, e, dessa forma, cocriar mudança.
Este é um caminho que queremos continuar a fazer convosco. Sempre a aprender, empreender e crescer.
Continuemos ligados!
Sofia Rodrigues, coordenadora do Afrolink Business Program & Network
Da esquerda: Nuno Comando, da Casa do Impacto, Rui Coelho, da 6 graus|Parceiro de Investimentos, e Paula Cardoso, fundadora da rede Afrolink
Carla Santos, da Capacitare, foi uma das participantes na discussão, sob o mote “Como planear, investir e financiar com sustentabilidade?”