A voz de Nuno Ferreira projecta-se na rádio, via para combater silenciamentos

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A voz de Nuno Ferreira projecta-se na rádio, via para combater silenciamentos

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Jornalista há mais de 22 anos, Nuno Andrade Ferreira é uma voz bem conhecida dos ouvintes da Rádio Morabeza, onde, além dos microfones, assume, desde 2012, a direcção executiva. Nascido português, naturalizou-se cabo-verdiano quando sentiu que não fazia sentido continuar a viver como estrangeiro no país que melhor conhece. Com um currículo construído em redacções de Portugal, Angola e Cabo Verde, o convidado de hoje d’ O Lado Negro da Força encontra na rádio “uma forma de combater os silenciamentos”. Além de dedicar parte do seu tempo a projectos de desenvolvimento dos media, com órgãos e jornalistas da Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, volta e meia também faz as vezes de professor universitário. Seguimos a sua cátedra, a partir das 21h.

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por Afrolink

Uma proposta de trabalho, recebida aos 25 anos, abriu-lhe as portas para uma mudança de país e de continente. “Talvez motivado por vivências familiares, pelo próprio meio multicultural onde cresci, e pelas amizades que tive, não pensei duas vezes”, conta Nuno Andrade Ferreira, recuando a um marco fundamental da sua vida: a saída de Portugal.

Hoje fixado na cidade cabo-verdiana do Mindelo, o jornalista recorda que começou por se mudar para Angola, onde trabalhou na fundação da TV Zimbo, entre 2008 e finais de 2009.

“Apesar de ter extraordinárias memórias, de ter ainda hoje grandes amigos, a verdade é que acho que fui vencido por Luanda, pelo caos do trânsito, por todo um ecossistema de corrupção e clientelismo”.

O resultado, nota Nuno, é que ficou menos tempo do que imaginava, e, novamente sem pensar muito, acabou por aceitar um convite para ir trabalhar para Cabo Verde, onde permanece.

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“Vim com condições completamente diferentes daquelas que tinha em Angola, ganhando muito menos, sem os benefícios de que usufruía, e acho que isso foi fundamental para me integrar rapidamente”, assinala, adiantando que começou por viver na cidade da Praia.

Desde a chegada ligado ao grupo Media Comunicações, que detém o jornal Expresso das Ilhas, Nuno tornou-se uma voz conhecida aos microfones da Rádio Morabeza, na qual assume, desde 2012, o cargo de director executivo.

Com mais de 22 anos de percurso no jornalismo, o convidado de hoje d’ O Lado Negro da Força descreve a experiência na Rádio “como uma forma de militância”. 

Uma programação que combate estereótipos e marginalizações

Defensor da “criação de um espaço de liberdade, onde não há temas tabu”, e se constrói “um lugar de participação, de comunidade”, povoado por uma polifonia de vozes, Nuno não se limita a sonhar com esta visão: põe-na em prática.

“É por isso que, enquanto responsável pela grelha, quis trazer para a nossa programação O Lado Negro da Força”, explica o jornalista, adiantando que um dos programas de maior sucesso da Rádio Morabeza “é um manifesto feminista que desconstrói estereótipos e promove a literacia sobre o corpo da mulher”.

Firme na convicção de que “a rádio é – deve ser – uma forma de combater os silenciamentos”, Nuno também desafiou a comunidade senegalesa residente em Cabo Verde a ocupar espaço na antena, forma de combater a sua marginalização.

Além do trabalho no sector da comunicação cabo-verdiano, o também professor universitário tem dedicado parte do seu tempo a projectos de desenvolvimento dos media, com órgãos e jornalistas de Guiné-Bissau, Angola e Moçambique.

Está igualmente a fazer um doutoramento em Estudos Globais – onde se debruça sobre o fenómeno da desinformação –, e, pelo caminho, já ‘oficializou’ a sua relação com Cabo Verde. Duplamente!

“Moro desde 2013 com a Milu, com quem casei em 2014”, e “hoje sou cabo-verdiano”, revela, partilhando as razões que o levaram a requer a nacionalidade.

“Senti que não fazia sentido continuar a viver como estrangeiro no país que melhor conheço, onde passei a maior parte da minha vida adulta, onde participo, onde tenho o meu círculo de amigos, onde tenho família, onde tenho parte importante das minhas raízes e que é hoje parte fundamental da minha identidade, da minha forma de ver e pensar o mundo”.

Nesse processo, indiscutivelmente transformador, Nuno Ferreira observa como viver fora de Portugal há tantos anos moldou a sua personalidade, e lhe deu o distanciamento necessário para formular um pensamento crítico. “Em relação ao país, aos seus fantasmas, aos seus silêncios, às suas negações, às suas fantasias, mitos e tropicalismo”.

Continuamos a reflexão às 21h, n’ O Lado Negro da Força, em directo, no Facebook e no YouTube.  Juntem-se a nós!

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