Agora falho eu – naquele jeito humano para desencantar racistas

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Agora falho eu – naquele jeito humano para desencantar racistas

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section][et_pb_section fb_built="1" _builder_version="4.4.7" width="100%"][et_pb_row _builder_version="4.4.8"][et_pb_column type="4_4" _builder_version="4.4.7"][et_pb_text _builder_version="4.4.8" text_font="|600|||||||" text_font_size="17px" text_line_height="1.6em" custom_margin="||13px|||" hover_enabled="0"]“Errar é humano”, cansamo-nos de ouvir, ler e repetir. Mas há humanos a quem não se reconhece o direito de errar. Humanos como os futebolistas Kylian Mbappé, Jadon Sancho, Bukayo Saka e Marcus Rashford. Humanos como eu, que transportam na pele negra a “sentença” da desumanização. Humanos a quem se exige que sejam perfeitos, a ponto de apresentarem desempenhos superiores aos das máquinas, porque, convém não esquecer, essas também avariam. Humanos a quem se está constantemente a recordar que pertencer à humanidade continua a ser um privilégio branco. Pelo direito de falhar e de falar, hoje, no Lado Negro da Força, reflectiremos sobre os insultos racistas que marcaram o último europeu de futebol.[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure="1_2,1_2" _builder_version="4.4.8"][et_pb_column type="1_2" _builder_version="4.4.8"][et_pb_text _builder_version="4.4.8" text_font_size="16px" text_line_height="1.6em" custom_margin="||13px|||" hover_enabled="0" locked="off"]

por Paula Cardoso

Naquele momento decisivo, em que o remate habitualmente certeiro não acerta na baliza, em que o passe habitualmente magistral fica pelo caminho, ou em que as pernas habitualmente inesgotáveis não chegam para interceptar a jogada adversária e impor o desejado corte, sabemos que o prolongamento fora das quatro linhas vai ser esgotante.

Sabemos porque sentimos na nossa pele negra o peso da cobrança constante em tudo o que fazemos. Seja na sala de aulas, quando ainda estamos a estudar, seja mais tarde no mercado de trabalho, qualquer que seja a nossa ocupação.

Como se tivéssemos de provar, a cada momento e em todos os lugares, que merecemos a oportunidade de estar onde estamos.

Kylian Mbappé pela França, Jadon Sancho, Bukayo Saka e Marcus Rashford pela Inglaterra estiveram no último europeu de futebol, e essa presença – tolerada nas vitórias – tornou-se insuportável na hora da derrota. E isso só surpreende quem continua a negar o óbvio: que o racismo goza de carta branca para se desmarcar impunemente.

Não é um problema de fair play, é racismo, e é estrutural

Podem chover bananas sobre os corpos negros que vemos em campo, enquanto se imitam sons de macacos. Podem dirigir-se insultos racistas dentro e fora das quatro linhas, e, ainda assim, persiste a negação, ou a desvalorização. Porque no futebol não há racismo, dizem uns, rápidos em apontar que o problema está na falta de fair play.

Não falta também quem aproveite a discussão sobre os insultos racistas dirigidos a Mbappé, Sancho, Saka e Rashford, após falharem penalties decisivos, para recordar que “nem tudo é mau, porque o Éder teve a oportunidade de entregar a Taça”.

E é também nisto que enguiçamos, nesta incapacidade de discutir o racismo com todas as suas agravantes, sem uma obsessão de apontar atenuantes.

“Talvez fosse altura de percebermos que na maioria dos casos, apesar de ‘raça’ e classe serem inseparáveis, “as desigualdades raciais existentes são agravadas, e não eliminadas, pelas desigualdades de classe””, lembra-nos Mamadou Ba, num post que partilhou sobre os casos Mbappé, Sancho, Saka e Rashford.

O activista defende que esse exercício “seria já um bom ponto de partida para compreender o racismo estrutural nas suas diversas formas de expressão, em vez das habituais invectivas sobre o fomento de polarização social, acusações de divisionismo ou de falta de consistência ideológica e doutrinária”.

Continuamos em jogo mais logo n’ O Lado Negro da Força.  Para ver no Facebook e no YouTube, a partir das 21h. 

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