“Assalto” a velho Quartel da GNR para sete dias de “Injustaposição”

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“Assalto” a velho Quartel da GNR para sete dias de “Injustaposição”

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O artista visual Rodrigo Ribeiro Saturnino, ou apenas Rod, inaugura na próxima segunda-feira, 28, a exposição “Injustaposição”, no velho Quartel da GNR, situado no Largo do Cabeço de Bola, em Lisboa. Patente até 4 de Julho, a mostra está inserida na iniciativa cultural “Bairro em Festa”, e invoca a prática da arte de rua como ponto de partida para criar camadas simbólicas criadas por ontologias coloniais que se sobrepõem sobre as identidades das pessoas negras”. Para visitar das 15h às 22h, com acesso livre.

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por Afrolink

Umas sobre as outras, pintadas ou afixadas, textos e imagens atropelam-se entre fachadas de edifícios, numa disputa pública por atenção dentro da paisagem urbana. Em cada uma delas, testemunhamos um desgaste acelerado, que parece condenar todas as mensagens a um destino de apagamento.

“A efemeridade de uma obra dura o tempo de ser coberta por outro objecto qualquer. A sua existência permanece disponível até que seja suprimida por uma nova camada de papel ou de tinta”. A reflexão dá o mote para a exposição “Injustaposição”, criada pelo artista visual Rodrigo Ribeiro Saturnino no âmbito da iniciativa cultural “Bairro em Festa”.

Um convite à escavação social

A mostra, a inaugurar na próxima segunda-feira, 28, “invoca a prática da arte de rua como ponto de partida para criar camadas simbólicas das ontologias coloniais, que se justapõem sobre as identidades das pessoas negras”, lemos na sinopse.

Patente até 4 de Julho, das 15h às 22h, no velho Quartel da GNR situado no Largo do Cabeço de Bola, em Lisboa, a exposição apresenta-se também como “um convite à escavação social”.

Nela, o “artista utiliza o grafismo das palavras e de símbolos, a partir da transparência e da opacidade dos suportes, a fim de elaborar um objecto estético que convoca a justaposição de imagens como elemento central que se cola, e ofusca a figura do próprio autor”.

Através desse “jogo das camadas”, Rodrigo, aka Rod, pretende “provocar a sensação de densidade e de bloqueio da visão, causada por simbologias que se põem à frente da figura humana das pessoas negras, como um muro de papéis embaçados”.

A censura e o racismo como instrumentos do bloqueio do diálogo

O exercício criativo presente em “Injustaposição” procura igualmente reflectir sobre como “a supressão das camadas torna mais visível o que está encoberto”.

A proposta expositiva, construída a partir da premissa de que “sobreposição é um marcador que caracteriza a prática da arte urbana”, inclui a instalação “Unfair graphic”, que recupera uma conversa sobre “activismo gráfico”, realizada em Outubro de 2020, no âmbito da Feira Gráfica de Lisboa.

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“O estilo gráfico criado através da edição do vídeo divulgado após o evento colocou Rod em conversa com quadrados pretos, uma conversa sem diálogo, um monólogo orientado pela imposição da ausência da outra parte”, assinala a descrição de “Unfair graphic”.

Na obra, o artista aborda “o tema da censura e do racismo como instrumentos do bloqueio do diálogo. Um bloqueio da visão que dificulta que a identidade de pessoas racializadas esteja em evidência num nível horizontal, em diálogo. Um bloqueio que impede que pessoas negras ocupem os espaços de produção simbólica”.

Para reflectir em “Injustaposição”.

 

Conheça mais sobre o trabalho de Rodrigo Saturnino

 

Consulte a programação d’ “O Bairro em Festa”, iniciativa cultural co-promovida pelo LARGO Residências, Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC e Junta de Freguesia de Arroios, em parceria com a Rede Local de Parceiros Sócio-Culturais em torno do Eixo Almirante Reis (Intendente, Pena, Anjos e Arroios), e com co-financiamento Compete 2020 – Portugal 2020 – União Europeia (FEDER).

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