Entre os cravos e as armaduras, a História “sem álibis” nem “apoucamentos”

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Entre os cravos e as armaduras, a História “sem álibis” nem “apoucamentos”

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O passado colonial esteve no centro do discurso do Presidente da República, a propósito do 47.º aniversário do 25 de Abril, escolha que reconhece – ainda que com inúmeras contradições – a urgência de Portugal lidar com a sua herança histórica. Num apelo a que se “faça história e história da História”, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou a importância de “aprendermos a olhar (…) com os olhos dos antigos colonizados”, os acontecimentos que nos precederam. Para início de conversa, podemos discutir a narrativa da pacificidade da “Revolução dos Cravos”, reafirmando: “O 25 de Abril começou em África”. Um olhar em foco mais logo n’ O Lado Negro da Força. Para ver a partir das 21h. Hoje com o líder comunitário Kalunga como convidado.

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por Afrolink

“Foi a partir das guerras anticoloniais desencadeadas na Guiné, em Angola e em Moçambique que se forjaram os oficiais que se reuniram em torno do Movimento das Forças Armadas, a força por detrás do golpe militar que derrubaria o salazarismo”, escreve o historiador José Augusto Pereira, no artigo “A revolução em África: Luta Armada e Mobilização Política na Guiné 1963-1974”.

O texto, integrado no livro “O 25 de Abril começou em África”, lançado em 2020, revisita as lutas que determinaram a libertação guineense, indissociável da revolução portuguesa.

“O 25 de Abril de 1974 confirmaria a afirmação de Amílcar Cabral segundo a qual ‘a liquidação do colonialismo português arrastará a destruição do fascismo em Portugal’”, assinala José Pereira.

A perspectiva do historiador, apresentada também num novo podcast da Brigada Estudantil,  transporta justamente o olhar que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reconhece ser importante acolher para que Portugal enfrente o seu passado colonial.

Discursando na Sessão Solene Comemorativa do 47.º aniversário do 25 de Abril, no último domingo, o Chefe de Estado apelou a que se “faça história e história da História”, assinalando a necessidade de “aprendermos a olhar, em particular quanto ao passado mais imediato, com os olhos que não são os nossos, os do antigo colonizador, mas os olhos dos antigos colonizados”.

Nesse processo, o Presidente da República desafia-nos a tentar “descobrir e compreender, tanto quanto nos seja possível”, como os povos dos territórios ocupados “foram vendo e julgando, e sofrendo” na relação com o invasor português.

A recomendação, que merece ser aplaudida, peca, contudo, pelas múltiplas ambiguidades que a acompanharam. Afinal, ao mesmo tempo que admite a urgência de “estudar o passado e nele dissecar tudo: o que houve de bom e o que houve de mau”, “sem álibis nem omissões” Rebelo de Sousa alerta contra “autoflagelações globais excessivas” e “apoucamentos injustificados”.

Importa por isso questionar: que olhos vamos usar para determinar o que excessivo e injustificado, quando nem sequer conseguimos reconhecer o direito à memória das populações africanas e afrodescendentes?

 

As reflexões prosseguem mais logo n' O Lado Negro da Força, que pode acompanhar no Facebook e no YouTube, a partir das 21h.

 

 

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