Evidenciar um conceito africano de pensamento, contra o ‘racismo científico’

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Evidenciar um conceito africano de pensamento, contra o ‘racismo científico’

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Que referências nos acompanham na nossa construção de negritude e africanidade? Quais os livros, filmes, séries, discografia ou palestras que nos ajudaram a desmontar a armadilha da história única? Publicamos, neste espaço, sugestões que espelham esse despertar identitário. O livro “Filosofias Africanas: uma introdução”, de Nei Lopes e Luiz Antonio Simas, contraria “o imperialismo intelectual eurocêntrico”, e questiona “a posição em que a Europa é mestre e África é discípula”.

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por Afrolink

“Os leitores têm aqui a oportunidade de conhecer a complexidade, sofisticação e profundidade das filosofias africanas”, antecipa a contracapa da obra de Nei Lopes e Luiz Antonio Simas, que, logo nas primeiras páginas, cumpre a promessa.

“O discurso do colonizador europeu em relação aos africanos consagrou a ideia de que estes seriam naturalmente atrasados, despossuídos de História”, introduz o livro “Filosofias Africanas: uma introdução”, acrescentando que “o chamado racismo científico, um dos pilares do colonialismo do século XIX – desqualificando as fontes do saber africano conhecidas desde a Antiguidade –, negou a possibilidade de os africanos produzirem filosofia”.

Por isso, explicam os autores, só a partir do século XX se assiste ao reconhecimento de uma linha filosófica, no sentido estrito do termo, de pensadores africanos.

Nei Lopes e Luiz Antonio Simas notam que “a discriminação também se estabelece a partir da inferiorização dos bens simbólicos daqueles a quem o colonialismo tenta submeter: crenças, danças, comidas, visões de mundo, formas de celebrar a vida, enterrar os mortos e educar as crianças”, e assumem a missão de “demonstrar a existência de um conceito africano de pensamento, baseado nas concepções filosóficas da tradição africana”.

Para o fazer, a dupla de escritores brasileiros, especializada em temas da africanidade percorre uma série de saberes oriundos de África, viaja pelas tradições dos seus povos, partilha a sabedoria dos provérbios e também notas sobre alguns pensadores africanos e afrodescendentes contemporâneos.

Entre as inúmeras aprendizagens presentes em “Filosofias Africanas: uma introdução”, podemos assinalar, por exemplo, a valorização das vivências e o sentido de colectivo. Bem expressos nas seguintes passagens:

“Os conhecimentos livrescos são importantes, devem ser cultivados, mas não conferem sabedoria”.

“O que se aprende nas escolas, por mais útil e importante que seja, nem sempre é vivido, porém o conhecimento herdado encarna-se em todo o ser. Ninguém, todavia, se torna sábio sem sair de casa”

“A inteligência deve estar ao serviço do aprimoramento da comunidade e da busca pela alegria de seus membros”.

“São, então, inúteis todos os conhecimentos que, no seu uso, não possam se traduzir em acção para o bem da humanidade ou ajudar a melhorar sua sorte neste mundo e no outro”.

 

Livro comprado na Livraria Travessa, em Lisboa

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Os autores: Nei Lopes (esquerda) e Luiz Antonio Simas

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