Marcha pelos Direitos Humanos em Moçambique

O projecto Quid Iuris – Associação, criado por três jovens advogadas moçambicanas, realiza, no próximo sábado, 2, em Lisboa, a partir das 14h30, uma marcha pacífica “contra a violência policial, assassinatos e raptos em Moçambique”. A concentração está marcada para as 14h, diante da Embaixada de Moçambique, de onde o protesto segue para a Praça do Comércio.

“Traga o seu apoio e faça parte desta causa!”, apelam os promotores desta iniciativa, que está a ser preparada em parceria com a comunidade moçambicana e apoiantes.

“Juntos, vamos dar voz contra a violação dos direitos humanos em Moçambique”, sublinha a organização, que se apresenta como apartidária.

Esta é uma mobilização que surge na sequência das últimas eleições gerais no país, marcadas por acusações de fraude, e ensombradas pelo assassinato de duas figuras ligadas à oposição: Elvino Dias e Paulo Guambe. O duplo homicídio desencadeou uma onda de protestos nas ruas moçambicanas, duramente reprimida pelas autoridades, contabilizando-se pelo menos 11 mortes no âmbito dessas acções de contestação.

Para agravar a situação, Venâncio Mondlane, que, a despeito dos resultados eleitorais divulgados – que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional –, muitos apontam como vencedor desse pleito, apelou a sete dias de greve e a uma marcha nacional, prevista para 7 de Novembro, em Maputo.

Ponto de partida: Rua Filipe Folque n.º 10, na Embaixada de Moçambique em Lisboa (metro Saldanha ou Parque)

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