Licença para marcar: Maria Tavares tem a bola

Em 2020, o Afrolink publicou o texto “Na linha de jogo de Maria Tavares, a bola dá muitas voltas”, sobre a trajectória desta descendente de cabo-verdianos que encontrou no desporto, e em particular no futebol, o seu terreno de especialização. Quatro anos depois, Maria entra para a história como a primeira Agente Match da FIFA com nacionalidade cabo-verdiana, e como a segunda mulher africana a obter a prestigiada licença do organismo regulador do futebol mundial. O título – que lhe permite organizar jogos a nível internacional – leva-nos a recordar a sua história. Para ler ou reler.

Uma viagem de metro, por túneis parisienses, trocou as voltas ao destino de Maria Tavares Malfoy. Recém-formada em Turismo e Relações Públicas, numa escola reputada pelo acesso privilegiado ao universo da aviação, hotelaria e produção de eventos, a então aspirante a assistente de bordo esbarrou numa notícia: o Paris Saint-Germain estava a reforçar a actividade desportiva, com a abertura de um espaço de restauração dentro do próprio estádio.

“Na época não era uma coisa comum”, recorda Maria, que, a partir das páginas de um jornal de distribuição gratuita, decidiu mudar de rota.

“O meu sonho era viajar e ser paga por isso. Então, quis ser hospedeira de voo. Mas calha que termino o curso [na École Internationale Tunon de Paris], a 3 de Setembro de 2001, dias antes dos atentados de Nova Iorque”.

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Paula Cardoso

Jornalista, Fundadora da rede Afrolink e Autora da série de livros infantis Força Africana.

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