O 25 de Dezembro que nasceu em África, e se faz presente no Natal

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O 25 de Dezembro que nasceu em África,e se faz presente no Natal

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Talvez ninguém conteste que África seja o berço da Humanidade, “mas muita gente o esquece”, lembrou Joseph Ki-Zerbo, um dos inúmeros intelectuais africanos que questionaram e transformaram o lugar da História de África na historiografia geral. Voltamos às suas lições para resgatar uma tradição africana milenar, celebrada a 25 de Dezembro, muito antes de qualquer apropriação religiosa.

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por Afrolink

Porque é que se comemora o Natal a 25 de Dezembro? A resposta que se repete insistentemente, ainda que a diferentes versões, associa a celebração ao nascimento de Jesus Cristo.

Mesmo sem registos que validem essa informação que, aliás, foi variando ao longo da História – havendo referências ao aniversário de Jesus noutros meses, como Março, Abril e Maio –, 25 de Dezembro impôs-se no calendário.

“A data do Natal foi fixada em 25 de Dezembro pelo imperador Constantino, porque nesse dia era celebrada a grande festa solar em Roma”, explicou, ao El País, Ramón Teja, especialista em história do cristianismo.

Segundo o também professor emérito de História Antiga na Universidade de Cantabria, Constantino, que transformou o cristianismo na religião de Roma, decretou “uma fusão do culto solar com o culto cristão”.

Indo um pouco mais atrás nessa história – registada no século IV, tendo em conta que esse imperador governou entre 306 e 337 –, encontramos no Egipto uma inspiração igualmente soalheira, mas bem mais antiga do que a tradição romana. Mas, como tantos outros legados de origem africana, permanece ‘apagado’.

Na nação do povo negro

Activo contra esse apagamento, o historiador americano Anthony T. Browder, que acumula três décadas de investigação sobre História, Ciência, Filosofia e cultura do Egipto, ajuda-nos a combater a ‘amnésia instituída’ em relação aos contributos africano para a humanidade.

Alertando para a manipulação histórica que insiste em colocar o Egipto no Médio Oriente, Browder nota que o próprio nome “Egipto” é, em si mesmo, uma distorção. Por isso, prefere a designação original: Kemet.

“É uma palavra que significa ‘nação do povo negro’. Kemet é também a mais antiga civilização da humanidade de que há registos documental”, explica o especialista que, desde a década de 80, já realizou cerca de 60 viagens ao Egipto. 

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“Só em 332 D.C., com a conquista de Kemet pelos gregos, é que Kemet se tornou Egipto”, prossegue o americano, em entrevista ao canal “The Real News Network”.

Numa conversa centrada sobre a origem africana do Natal, Browder assinala há mais de 6.000 anos, já Kemet prestava culto ao Sol e celebrava o mito do “salvador” – filho do Deus do “Sol”.

A tradição, descreve o americano, encontra as suas raízes no solstício de Inverno, o dia mais curto do ano que, exactos três dias depois, a 25 de Dezembro, começa a crescer.

Simbolicamente falando, é como se o solstício desse início à morte do Sol e o 25 de Dezembro ao seu renascimento.

O fenómeno, explica Browder, quando aplicado ao berço da civilização, transporta-nos para o culto do Deus egípcio da ressurreição: Asar ou Osir.

Reza a história que Asar foi assassinado pelo irmão e que, após a sua morte, o seu espírito regressou para engravidar a sua mulher, ainda virgem, Auset. Dessa imaculada concepção nasceu, a 25 de Dezembro, Heru.

Soa familiar?

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