“Sou um racista em desconstrução" - do repto negro faz-se movimento

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“Sou um racista em desconstrução" -

de um repto negro faz-se movimento

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O apresentador e humorista brasileiro Fabio Porchat, popularizado a partir das produções “Porta dos Fundos”, tornou-se o rosto principal de um movimento anti-preconceito, que faz do combate ao racismo uma das bandeiras. A iniciativa sucede ao desafio recém-lançado, nas redes sociais, pela multifacetada actriz e poetisa Elisa Lucinda. Para nossa desconstrução.

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por Paula Cardoso

“Você é um racista em desconstrução?”. A pergunta, lançada por Elisa Lucinda (na foto) há mais de um mês, ganha a força de um movimento no Brasil, com a campanha mediatizada pelo apresentador e humorista Fabio Porchat.

Intitulada “em desconstrução”, a iniciativa assume o compromisso de mudar estruturas, a partir de uma auto-reflexão individual.

“Entendemos que a transformação começa em nós mesmos. (…) Desejamos que a sociedade repense sua maneira de conviver com o outro”, lê-se no manifesto.

Na mensagem, disponível online, o movimento sublinha a importância de educar as crianças contra “qualquer tipo de preconceito”, em respeito por todas as pessoas.

O desafio começou com o mote “Sou um racista em desconstrução”, divulgado por Fabio Porchat nas redes sociais.

“Carrego em mim preconceitos estruturais e estou aqui pra dizer que participei dessa construção nociva, e de forma perigosamente subtil, absorvi e reproduzi o idioma do racismo com fluência”, admite o actor, na apresentação da iniciativa.

A responsabilização “chocante e desconfortável”, conforme o humorista colocam distingue-se pela consciência de que o racismo opera não apenas pelas agressões, mas também – e de forma muito eficaz – pelos silêncios e sucessivas tentativas de desvalorização e invisibilização do problema.

“Não sei quantas vezes eu fui tóxico ao longo da vida, mas a partir de agora eu sou um racista em desconstrução, e começo o trabalho de transformação”.

O processo de reabilitação, entretanto alargado ao combate à LGBTfobia e em breve também desdobrado à luta contra o machismo, mobiliza mais de uma dezena de profissionais e figuras públicas num apelo global.

De que lado você está?

“A gente tem por hábito camuflar preconceitos, preceitos, conceitos, que a gente carrega durante a nossa vida, a nossa formação… e não paramos para analisá-los”, reconhece a humorista Nany People, uma das personalidades que se juntaram ao movimento.

O colectivo, que apresenta homens e mulheres brancos "em desconstrução", inclui também, entre outros nomes, o decano do jornalismo brasileiro Cid Moreira.

Apesar de notar que nunca fez distinção entre as pessoas, Cid admite que o facto de “não fazer nada sobre a dor que as sobrecarrega” também o responsabiliza.

 

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Mais do que nos limitarmos a passar da inacção para a acção, como quem acciona um novo automatismo quotidiano, Fabio sugere que essa transição seja ponderada.  “A gente precisa parar para ouvir, para entender, para aprender”.

Do Brasil para todo o mundo que queira ouvir, entender e aprender, Elisa Lucinda, negra, poetisa, jornalista, escritora, cantora e actriz, multiplica atributos para nos ensinar.

“Você é um racista em desconstrução? Você educa crianças anti-racistas? Você participa do racismo, em seus privilégios, e continua em silêncio? Você é um escravocrata moderno? Ou é um abolicionista moderno? De que lado você está?”.

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