“Mataram o Dá!” – no grito de Mónica cabem 23 anos de amor: “E agora?”
A narrativa repete-se nas notícias: sem direito a uma identidade humana, mas com morada “problemática”, e suspeitas de actividade criminosa, os homens negros baleados pela Polícia não têm sequer o direito de gozar do estatuto de vítimas. Pelo contrário, as suas vidas, famílias e bairros vêem-se arrastados para campanhas de desinformação, ódio e linchamentos de carácter. Aconteceu novamente com Odair Moniz, ou simplesmente Dá, atingido mortalmente no tórax e axila por disparos de um agente da PSP. O Afrolink falou com a viúva, Ana Patrícia Moniz, mais conhecida por Mónica, e é guiados pelo seu olhar que aqui estamos.
“Justiça para Odair Moniz” – sábado de homenagem
O movimento Vida Justa promove amanhã, 26, uma manifestação de homenagem a Odair Moniz, mortalmente baleado pela polícia no início da semana. “Infelizmente não é caso único. Há demasiados mortos nas nossas comunidades. É preciso acabar com a violência e a impunidade policial nos bairros”, assinalam os promotores do protesto que se inicia no Marquês de Pombal, às 15h, em direcção à Assembleia da República.