Valemos ouro, mesmo que nos queiram deportar - neste país vamos continuar

[et_pb_section fb_built="1" _builder_version="4.4.8" use_background_color_gradient="on" background_color_gradient_start="rgba(255,255,255,0.07)" background_color_gradient_end="rgba(0,0,0,0.42)" background_color_gradient_end_position="0%" background_color_gradient_overlays_image="on" background_image="https://afrolink.pt/wp-content/uploads/2021/03/New-Project-2021-03-11T154646.695.jpg" custom_padding="161px|||||"][et_pb_row _builder_version="4.4.7"][et_pb_column type="4_4" _builder_version="4.4.7"][et_pb_text _builder_version="4.4.8" header_2_text_color="#ffffff" header_2_font_size="50px" header_2_line_height="1.4em"]

Valemos ouro, mesmo que nos queiram deportar - neste país vamos continuar

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section][et_pb_section fb_built="1" _builder_version="4.4.7" min_height="1858px"][et_pb_row _builder_version="4.4.8"][et_pb_column type="4_4" _builder_version="4.4.7"][et_pb_text _builder_version="4.4.8" text_font_size="16px" text_line_height="1.6em" custom_margin="||13px|||" hover_enabled="0"]

A caminho de mais uma emissão d’ O Lado Negro da Força, hoje com o arte-educador Danilo Cardoso como convidado, partilhamos uma das reflexões que nos tem acompanhado nos últimos dias. Pela voz do nosso Zé Rui Rosário. O homem dos sete ofícios, que já tivemos o privilégio de apresentar neste espaço.

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure="1_2,1_2" _builder_version="4.4.7" custom_padding="||6px|||"][et_pb_column type="1_2" _builder_version="4.4.7"][et_pb_text _builder_version="4.4.8" text_font_size="16px" text_line_height="1.6em" custom_margin="||13px|||" locked="off"]

por José Rui Rosário

Valem ouro, tal como muitos que aqui não nasceram, mas deixam o sangue, suor e lágrimas neste país que nunca os reconhece como igual...a não ser quando a bandeira é levantada e o doce sabor da vitória é-lhes retirado, e os louros passam a ter que ser divididos com todos os outros. Mesmo aqueles que não hesitam querer deportar quem não diz o que o "dono" gosta de ouvir.

Valem ouro, como tantos outros que aqui nasceram com origem diferente da maioria, mas os recusaram cidadania, pertença, oportunidades e igualdade.

Valem ouro os que acordam antes do dia, vão nos transportes enlatados que partem das periferias; Que levantam paredes, limpam casas de banho, alimentam famintos, cuidam de enfermos e zelam pela segurança dos filhos dos outros, das casas dos outros, das empresas dos outros, das lojas dos outros. E depois voltam a casa, noite escura, sem sonhos, cansados de viver num país onde sentem-se invisíveis.

Estes os poucos momentos em que nos sentimos gente, olhamos na TV embranquecida, e vemos um igual a nós a vestir-se da bandeira de um país que não valoriza o ouro que valem.

Valemos ouro, mesmo que nos queiram deportar, é neste país que vamos continuar a viver; a nascer; a vencer; perder e a morrer. Se antes lá foram para nos ocupar, agora vão ter que nos aguentar.

Porque a terra que pisamos e o país que sentimos, não pertence a nenhum ignorante que se acha com o poder de me mandar para onde quiser.

Pertence sim a esses valorosos irmãos que com sofrimento, dor, sangue e suor, são capazes da derrota em ouro transformar.

 

A homenagem prossegue mais logo, a partir das 21h30,  n' O Lado Negro da Força, o talk-show online das noites de quinta-feira, que pode seguir no Facebook e no YouTube. Com José Rui Rosário, Pedro Filipe, Paula Cardoso, Mariama Injai e Danilo Moreira. 

[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type="1_2" _builder_version="4.4.7"][et_pb_video src="https://afrolink.pt/wp-content/uploads/2021/03/VID-20210307-WA0015.mp4" _builder_version="4.4.8" title_text="Valemos ouro" hover_enabled="0" custom_padding="|||1px||"][/et_pb_video][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section]

Anterior
Anterior

“A diáspora africana no cinema em português”, num FESTiN de filmes grátis

Próximo
Próximo

Danilo Cardoso conjuga o verbo educar com arte, e contra o racismo