Vozes contra o racismo: do Sem às Cem, com o ruído do passado

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Vozes contra o racismo: do Sem às Cem, com o ruído do passado

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No Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, assinalado ontem, 21 de Março, a iniciativa “Cem Vozes Contra o Racismo”, lançada pela deputada não inscrita Joacine Katar Moreira, projectou testemunhos de quem vive a discriminação racial na pele e destapou – uma vez mais – os problemas de audição da “velha senhora”.

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por Afrolink

A voz de Mauro Leal recorda as gargalhadas e os olhares das aulas de História, perante algumas imagens e adjectivos. “Além de carregados de inverdades, são esses mesmos manuais que plantam a semente do racismo em alguns e a semente de inferioridade noutros! O racismo começa nas escolas!”, defende o empreendedor e revenue manager, de foco apontado para uma área que o economista Jorge Almeida também vê como fundamental.

“A escola portuguesa que segrega e deforma, com os manuais pejados de inexactidões factuais, a narrativa racista e colonialista, o encaminhamento precoce para cursos profissionais, a falta de representatividade do corpo docente e a violência policial. É urgente mudar profundamente a educação deste país”. 

“Imaginem se não existisse racismo…”

A transformação, assinala Luísa Semedo, professora universitária e do secundário, está ao nosso alcance, porque “o racismo é uma construção”, e “a nossa missão é destruí-lo, pelos que nos precederam e pelas gerações futuras”.

No presente, a doutoranda Inácia Sá gostaria que não lhe dissessem que fala como uma branca, “porque ter um bom vocabulário não tem nada que ver com a cor de pele”.

Enquanto isso, a médica Luciana Gomes propõe: “Imaginem se não existisse racismo…”, exercício que ela própria aplica à sua história.

“Não teria que responder qual dos meus pais é branco. Não teria de prender o cabelo para uma entrevista de emprego. Não teria de explicar à senhora que não trabalho nesta loja. Não teria que olhar para uma cara de espanto sempre que digo que sou médica. E sobretudo não teria que esclarecer que tudo isto é racismo”.

Na primeira pessoa, sem filtros, Mauro, Jorge, Luísa, Inácia e Luciana, responderam ao desafio lançado pela deputada Joacine Katar Moreira para assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial. 

Do “Sem” ao “Cem”

A iniciativa, partilhada através da página da parlamentar no Facebook, intitula-se “Cem Vozes Contra o Racismo”, e assume um ponto de viragem: de um passado “Sem” vozes para um presente com “Cem” vozes. Ou melhor, mais de 100, conforme a deputada destacou no seu perfil na mesma rede social.

“Conseguimos a união para a Mudança, fazendo ecoar os contributos de todas e todos. A forma mais eficaz de combate ao racismo é convidar à Escuta!” sublinhou Joacine Katar Moreira, lançando um convite que, uma vez mais, esbarrou em crónicos problemas de audição da “velha senhora” lusitana.

Perante a oportunidade de escutar quem vive na pele a discriminação, as saudades de um passado de fala única sobressaem. “Antes de este tipo de gente aparecer no panorama português, não se ouvia falar de racismo”, apregoa-se entre reacções à iniciativa “Cem Vozes Contra o Racismo”. Aqui amplificadas, à prova de silenciamentos.

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