Da protecção contra a violência à cura na Tabanka, pela arte de Petra von Preta

[et_pb_section fb_built="1" _builder_version="4.4.8" use_background_color_gradient="on" background_color_gradient_start="rgba(255,255,255,0.07)" background_color_gradient_end="rgba(0,0,0,0.42)" background_color_gradient_end_position="0%" background_color_gradient_overlays_image="on" background_image="https://afrolink.pt/wp-content/uploads/2021/04/New-Project-2021-04-12T142126.226.jpg" custom_padding="161px|||||"][et_pb_row _builder_version="4.4.7"][et_pb_column type="4_4" _builder_version="4.4.7"][et_pb_text _builder_version="4.4.8" header_2_text_color="#ffffff" header_2_font_size="50px" header_2_line_height="1.4em"]

Da protecção contra a violência à cura na Tabanka, pela arte de Petra von Preta

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section][et_pb_section fb_built="1" _builder_version="4.4.7" width="99.9%"][et_pb_row _builder_version="4.4.8"][et_pb_column type="4_4" _builder_version="4.4.7"][et_pb_text _builder_version="4.4.8" text_font_size="16px" text_line_height="1.6em" custom_margin="||13px|||"]

A exposição “Tabanka, da protecção à cura”, da multifacetada Sara Fonseca da Graça, aka Petra von Preta, é inaugurada hoje, às 17h, na Rua das Gaivotas 6, em Lisboa. A entrada é livre e permanece de portas abertas até 6 de Maio.

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure="1_2,1_2" _builder_version="4.4.7" custom_padding="||6px|||"][et_pb_column type="1_2" _builder_version="4.4.7"][et_pb_text _builder_version="4.4.8" text_font_size="16px" text_line_height="1.6em" custom_margin="||13px|||" hover_enabled="0" locked="off"]

por Afrolink

Encontramo-la no crioulo da Guiné-Bissau, como significado de aldeia africana. Também está presente na cultura cabo-verdiana, enquanto festa tradicional. Mas, na mais recente exposição de Sara Fonseca da Graça, intitulada “Tabanka, da protecção à cura”, a palavra tabanka promete ganhar sentidos múltiplos e surpreendentes, à imagem da identidade criativa da artista.

“Sou uma coisa, cheia de outras coisas lá dentro. É difícil dizer o que sou. Observo o Mundo onde vivo, procuro conhecer a história, compreender o presente e pensar, investir sentido naquilo que produzo”.

A autoanálise, acompanhava, em 2017, o evento “Conversas Cruzadas”, realizado no Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design, na cidade cabo-verdiana do Mindelo.

Na mesma ocasião, Sara, artisticamente rebaptizada Petra von Preta, revelava alguma das coisas que a vão ocupando, no preenchimento daquilo que é.

“Não sou profissional de nada, não quero ser. Já fiz/faço teatro, graffiti, pintura, instalação, serviço de mesa, aulas de expressão dramática, agricultura e hei-de acrescentar muitas outras coisas a esta lista. (…) Agora ando a pensar sobre identidade, a sociedade, relações de poder, a arte e tudo o que anda pelo meio. Amanhã, não sei”.

Resistir à violência, da margem para o centro

Hoje, cerca de quatro anos depois dessas palavras, Sara inaugura, às 17h, a exposição “Tabanka, da protecção à cura”, patente no espaço Rua das Gaivotas 6, em Lisboa.

Inicialmente agendada para Janeiro, a exposição pode ser vista até 6 de Maio, de segunda a quinta-feira das 15h às 19h.

Com acesso gratuito, embora sujeito a restrições sanitárias decorrentes da pandemia, a mostra antecipa uma viagem por lugares de pertença e de ausência.

“Estar na margem é fazer parte de um todo que não te reconhece como integrante do corpo principal. Um mundo que posso frequentar, mas não é suposto habitar. Implica uma travessia repetitiva de fora para dentro. E com o entrar, vem a obrigação de sair”, lemos na sinopse, que nos confronta com rotas que agridem. 

[/et_pb_text][/et_pb_column][et_pb_column type="1_2" _builder_version="4.4.7"][et_pb_image src="https://afrolink.pt/wp-content/uploads/2021/04/New-Project-2021-04-12T143743.528.jpg" title_text="New Project - 2021-04-12T143743.528" _builder_version="4.4.8"][/et_pb_image][et_pb_image src="https://afrolink.pt/wp-content/uploads/2021/04/New-Project-2021-04-12T143723.144.jpg" title_text="New Project - 2021-04-12T143723.144" _builder_version="4.4.8"][/et_pb_image][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row _builder_version="4.4.7" custom_padding="8px|||||"][et_pb_column type="4_4" _builder_version="4.4.7"][et_pb_text _builder_version="4.4.8" text_font_size="16px" text_line_height="1.6em" custom_margin="||13px|||" hover_enabled="0" locked="off"]

“De cá pra lá resisto à violência. De lá pra cá, resisto à violência”, assinala a artista, cruzando “percursos da margem para o centro e do centro para as margens, na tentativa de mapear estratégias para um movimento interno, da protecção contra a violência, à cura na Tabanka”.

Em exposição, com as palavras de Audre Lorde (na foto) em projecção: “Everything can be used except what is wasteful (you will need to remember this when you are accused of destruction)”. Ou, o aviso de Sara: “O que tu precisas lembrar: o uso sem consentimento dx usadx torna-se abuso.”

Artista multidisciplinar, Sara Fonseca da Graça nasceu em Almada em 1992. É licenciada em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema, e co-fundadora do colectivo Medalha d’Ouro. Iniciou o percurso a solo em Cabo Verde, onde tem raízes familiares, e, do seu lugar de fala, questiona-se “sobre problemáticas identitárias e de sistemas sociais”, bem como “as relações de poder que operam na sociedade como repercussões de um passado colonial”.

Visite a exposição “Tabanka, da protecção à cura”

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section]

Anterior
Anterior

No combate à discriminação racial, que lugar cabe ao desporto?

Próximo
Próximo

Querer é poder escrever: o legado de Carolina Maria de Jesus em reedição