Educação anti-racista nas escolas de Lisboa com luz verde para avançar
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Educação anti-racista nas escolas de Lisboa com luz verde para avançar
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por Afrolink
Animada com o efeito positivo do projecto de educação anti-racista “Com a mala na mão contra a discriminação”, em curso desde 2018, na Escola Básica do Castelo, em Lisboa, a vereadora Paula Marques decidiu amplificar o seu potencial transformador.
“Depois da observação deste projeto naquela escola, achámos que fazia sentido propor à câmara um projecto para uma escola anti-racista, multicultural e que defenda os direitos humanos”, explicou a responsável em declarações ao Observador.
À mesma publicação, Paula Marques sublinhou não haver “nada melhor que propor que o programa que tem sucesso numa escola possa ser política municipal”.
Para esta vereadora sem pelouro, eleita pelos Cidadãos por Lisboa, o ideal é a intervenção iniciada no Castelo se estender a todas as escolas, favorecendo a multiplicação de “tanta gente grande com cabeça pequena”.
A responsável assinala, contudo, que a implementação será gradual: “Vamos progressivamente tornando o projecto acessível a todos”.
A proposta recebeu luz verde ontem, 27, na Câmara Municipal de Lisboa, que aprovou a elaboração do programa municipal para a educação (ou escola) anti-racista, intercultural e para os Direitos Humanos, centrado na promoção de acções que fomentem a diversidade e o diálogo entre diferentes pertenças étnico-raciais e origens geográficas e culturais em contexto educativo.
O momento, que aconteceu na 47.ª Reunião Pública da autarquia, ficou marcado pelas intervenções da vereadora municipal Beatriz Gomes Dias – cujas sugestões de melhoria foram acolhidas, nomeadamente de adequação da linguagem –, e do deputado João Ferreira.
Agora é preciso esperar para ver em que prazos e com que orçamento o programa será implementado.
Até lá, Paula Marques defende que “o racismo não é um epifenómeno, nem um problema”, mas sim “um crime e tem de ser combatido”, tal como “a multiculturalidade tem de ser promovida”.
A vereadora recorda ainda que pretende colocar Lisboa na rede de cidades europeias contra o racismo.
Fá-lo a partir da Educação Anti-Racista, lembrando as recomendações deixadas pelo Conselho Nacional de Educação sobre o tema. Para analisarmos mais logo, na segunda parte d’ O Lado Negro da Força.
Para ver no Facebook e no YouTube, a partir das 21h.
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