Os 5 R’s para combater o racismo: do reconhecimento à resistência

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Os 5 R’s para combater o racismo: do reconhecimento à resistência

[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section][et_pb_section fb_built="1" _builder_version="4.4.7"][et_pb_row _builder_version="4.4.8"][et_pb_column type="4_4" _builder_version="4.4.7"][et_pb_text _builder_version="4.4.8" text_font_size="16px" text_line_height="1.6em" custom_margin="||13px|||"]Não é uma “moda” que se veste e despe segundo o desconforto ditado por medidas individuais. É um problema colectivo que, entre a expansão marítima e o colonialismo portugueses, se arrasta há mais de cinco séculos, marcados por violência, segregação e trauma. Falamos de racismo, que, com todas as letras – inclusivamente musicais – esteve ontem em ‘desconstrução’ no “Programa Cautelar”, da RTP1. Encerrado com uma fórmula anti-racista, carregada de R’s: Reconhecimento, Representatividade, Reparação, Redistribuição e Resistência. Vamos![/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row column_structure="1_2,1_2" _builder_version="4.4.7" custom_padding="||6px|||"][et_pb_column type="1_2" _builder_version="4.4.7"][et_pb_text _builder_version="4.4.8" text_font_size="16px" text_line_height="1.6em" custom_margin="||13px|||" hover_enabled="0" locked="off"]

por Afrolink

Facto: “Ninguém quer falar de racismo num sábado à noite”. Mas foi isso mesmo que aconteceu ontem no “Programa Cautelar”, até porque, conforme sublinhou a apresentadora Filomena Cautela, “Ninguém quer falar de racismo num sábado à noite, nem nunca”.

A falta de vontade – individual e colectiva – de discutir o racismo esteve bem representada pelas declarações dos líderes do PCP e do PSD, unidos na negação do racismo.

Se para Jerónimo de Sousa, do PCP, ″o povo português na sua esmagadora maioria não é racista″, Rui Rio, do PSD, consegue ir mais longe, afirmando: "Não há racismo na sociedade portuguesa".

Unidos no desconhecimento, à semelhança daqueles que ainda fazem a apologia romântica dos “Descobrimentos”, os líderes comunista e social-democrata são dois exemplos perfeitos de cidadãos a quem se aplica o conselho deixado por Filomena Cautela: “Falar menos e ouvir um bocadinho mais”.

Precisamente o que o “Programa Cautelar” procurou fazer, desde logo ao reconhecer – a partir da reflexão proposta pela escritora Gisela Casimiro – que a sua própria equipa – 100% branca – é expressão do sistema estruturalmente racista em que vivemos – e não de um sistema fundado em meritocracia.

Mais do que fazer o mea culpa, é importante fazer a diferença com acção, admitiu também a apresentadora, numa emissão que juntou vários testemunhos de pessoas racializadas, e até o ruído dos “bonecos” que nos tentam silenciar. Inclusivamente perante a consistência de estudos que apontam múltiplas evidências do racismo em Portugal.

Sem poupar na factura da responsabilidade colectiva, o “Programa Cautelar” lembrou que a versão histórica dos ‘portugueses conquistadores’ já esteve mesmo na Eurovisão, acrescentando que chegou o momento de entoarmos um novo refrão.

Afinal: “Há um outro lado, como em tudo na vida, e na escravatura a cena é refundida.  Só nos falam da luso-ternura, foi mais morte, gamanço e tortura. Foram brancos negreiros, barcos tão cheios, foram oceanos de horror”.

A esse primeiro R (Reconhecimento) juntamos outros quatro – Representatividade, Reparação, Redistribuição e Resistência –, subscrevendo a receita deixada pela socióloga Cristina Roldão para combatermos o racismo. Juntos!

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