HISTÓRIAS
“Quebrar tectos” sob o impulso da inspiração negra
Idealizado pela empresária Mónica Soares, o projecto “Black Inspiration Talks” realiza na próxima quinta-feira, 3, em Lisboa, a sua conferência inaugural. Com início às 14h, encerramento às 19h, e um leque diversificado de convidados nacionais e internacionais, o evento quer pôr-nos a falar sobre inspiração negra, e – mais do que isso – a avançar sob o seu impulso.
Idealizado pela empresária Mónica Soares, o projecto “Black Inspiration Talks” realiza na próxima quinta-feira, 3, em Lisboa, a sua conferência inaugural. Com início às 14h, encerramento às 19h, e um leque diversificado de convidados nacionais e internacionais, o evento quer pôr-nos a falar sobre inspiração negra, e – mais do que isso – a avançar sob o seu impulso.
A proposta, explica Mónica Soares ao Afrolink, tem entre os objectivos, incentivar e capacitar “profissionais negros a alcançar posições de destaque e liderança máxima”, nas mais variadas áreas da sociedade, preparando-os para “alavancar outros quando chegarem lá em cima”. As metas traçadas incluem também desafiar-nos a quebrar barreiras e a criar marcas de excelência, como fez Mathew Harris, renomado designer de jóias, cujas criações já foram usados por celebridades como Rihanna e Michelle Obama.
O evento, a decorrer na sede da UCCLA - União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, em Belém, começa às 14h e termina às 19h, juntando ao longo da tarde de debates e palestras, uma miríade de oradores nacionais e internacionais.
A lista de presenças inclui, entre outros nomes, o de Mathew Harris, reputado designer de jóias, cujas criações já foram usados por celebridades como Rihanna e Michelle Obama.
Na ala internacional de convidados da conferência, destaca-se também a presença de Hannah Reid, globalmente reconhecida pela carreira na liderança de recursos humanos, nos últimos anos ao serviço da gigante Apple.
Cada qual com a sua abordagem, ambos prometem inspirar-nos: Mathew a falar sobre como “Criar uma marca de Excelência”, e Hannah a guiar-nos pela “Jornada profissional de uma negra”, enquadrada numa das cinco maiores empresas tecnológicas do mundo.
“Vejo nos exemplos de sucesso e nas boas práticas um bom modelo de crescimento”, nota Mónica Soares, apontando o BIT como um facilitador dessa partilha, capaz de “catalisar e potencializar o que temos de muito bom dentro das nossas comunidades”.
Quebrar tectos
Confiante no efeito multiplicador dos encontros, a co-fundadora da Chumeco e da Soares & Daia, Lda defende que “tornar palpáveis os casos de sucesso dentro da nossa comunidade, permite ganhar outra energia, acreditar que é possível”, e, com isso, “quebrar tectos”.
“Acredito que a inspiração pode mover montanhas, porque quando vemos alguém como nós chegar mais longe, isso cria em nós a mesma aspiração”.
A convicção sai reforçada pelas vivências acumuladas ao longo de 25 anos de jornada profissional.
“O BIT é também uma expressão daquilo que foram as necessidades que fui identificando ao longo desse tempo. Acho que ainda tenho muito para dar, mas também tenho muito para aprender e, por essa razão, esta plataforma poderá contribuir para esse engrandecimento e crescimento”, adianta Mónica, reafirmando o poder da união.
“É importante juntarmo-nos a outras pessoas que têm objectivos semelhantes, e com quem possamos aprender e crescer, e, acima de tudo, fortalecer.”
O programa da conferência da próxima quinta-feira está construído tendo tudo isso em consideração. Depois de uma apresentação do projecto, pela anfitriã, Sheila Khan e Luís Soares, ambos professores universitários, debruçam-se sobre a ideia de sermos “Mais que serviços e entretenimento”. Segue-se uma conversa a partir do tema “Quebrando barreiras”, que junta o orador motivacional Carlos Dias, a fundadora do Afrolink, Paula Cardoso, e a facilitadora organizacional Sofia Rodrigues. Cátia Ramos transporta-nos para uma viagem “Do Bairro para Hollywood”, enquanto Nelma Fernandes e Graziela Neves, versadas na liderança no mundo corporate, trocam ideias de CEO para CEO. A “Diversidade no luxo” é o mote para o último painel do dia, composto por Marisa Ferreira, Mónica Lafayette e Eliana Medeiros.
“Teremos painéis em português e em inglês, porque queremos ir buscar os casos e modelos de sucesso que existem aqui à nossa volta, na Europa”, explica a empresária, acrescentando que o objectivo do BIT passa por chegarmos às posições máximas em termos profissionais, algo que nos obriga a ser competitivos e, por isso mesmo, a comunicar em inglês, “mesmo que não fluentemente”.
Além da partilha de conhecimentos facilitada pela conferência, Mónica adianta que outro dos objectivos reside em incentivar e capacitar “profissionais negros a alcançar posições de destaque e liderança máxima”, nas mais variadas áreas da sociedade, preparando-os para “alavancar outros quando chegarem lá em cima”.
O caminho de ascensão passa pela multiplicação de momentos de inspiração, antecipa a empresária. “Iremos receber, ao longo do ano, e pontualmente, outros encontros, mas não em registo de conferência”, revela a empresária, que já está a planear a agenda BIT de 2025. Com planos de formação, e organização de meetings para partilha e networking.
Sem tectos de limitação.