Racismo e fragilidade branca: duas faces do mesmo Observatório
A contestação à pós-graduação em racismo e xenofobia que o Afrolink apresentou na semana passada, depressa evidenciou como a máquina que silencia e invisibiliza pessoas negras segue bem oleada, produzindo as mais engenhosas narrativas de combate ao anti-racismo. Ainda assim – e porque sigo militante do diálogo – dirigi, na última quinta-feira, algumas questões ao Observatório. Todas permanecem sem resposta, o que demonstra, uma vez mais, como é tão difícil para as pessoas brancas falar sobre racismo. Pelo contrário, é muito mais fácil remover uma página de um site – no caso, a que anunciava a malfadada pós-graduação –, e fingir que a história não aconteceu. Nada que uma longa experiência em apagamentos não facilite! Se hoje sabemos que a pós-gradução foi suspensa, isso deve-se – não me iludo – ao facto de a agência Lusa ter feito notícia da nossa contestação. De outro modo, continuaríamos a especular.
Uma iniciativa para “libertar Portugal do colonialismo”
“Libertar Portugal do colonialismo: reparação e políticas públicas”. Este foi o mote lançado pelo grupo parlamentar do BE, numa audição que no passado dia 20 de Setembro, juntou pessoas que admiro profundamente. A Belinha, que temos a sorte de nos ver representar em tantas frentes políticas, do associativismo às partidárias; o Miguel de Barros que me faz acreditar mais e mais em presentes partilhados e humanizados, e em futuros sonhados; e o Miguel Vale de Almeida, que me habituei a ler entre crónicas no Público, e a admirar por múltiplos posicionamentos fundamentais, nomeadamente anti-racistas.
Myriam Taylor apela à acção contra “as sombras persistentes do colonialismo”
Presente na 3.ª sessão do Fórum Permanente de Pessoas Afrodescendentes, que decorreu na Suíça, Myriam Taylor, activista pelos Direitos Humanos apelou à assinatura do Pacto da Humanidade.
“A minha raça não me define, mas filia-me” – ovação a Francisca Van Dunem
Homenageada na Gala Black History Month, na semana passada, a ex-ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, contagiou a audiência com a sua intervenção, que publicamos na íntegra.
Amanhã saímos à rua, contra o racismo, xenofobia e fascismo
Mais de 50 colectivos unem forças contra o racismo, a xenofobia e o fascismo, numa manifestação nacional marcada para este sábado, 24, às 15h, em sete cidades do país. Vamos!
O Cachupão que nos celebra e abre a época festiva – reservem!
No próximo dia 26, a partir das 12h, o restaurante Usina Legado, na Amadora, recebe-nos para a 3.ª edição do Cachupão, que celebra o aniversário do Afrolink e do Lado Negro da Força.
Saímos à rua por Daniel, Danijoy, Miguel e todas as vítimas do sistema prisional
Amanhã, a partir das 16h30, no Rossio, em Lisboa, protestamos pela memória das vítimas do sistema prisional. E com as mortes de Daniel Rodrigues, Danijoy Pontes, e Miguel Cesteiro por explicar.
“Cachupa e uma lei do amor”, pelas palavras do escritor Eduardo Quive
Cerca de 100 pessoas estiveram no “Cachupão” do último domingo, incluindo escritor moçambicano Eduardo Quive, que partilha a experiência no texto “Cachupa e uma lei do amor”.
Carta a Lula da Silva - Para erradicar as continuidades coloniais, como o racismo
“Frases como “Voltem para a África” e “Portugal não é para vocês”, são absolutamente rotineiras em Portugal”, assinala a antropóloga Rita de Cássia, numa Carta dirigida a Lula da Silva.