“A dor reprimida: violência obstétrica e mulheres negras”, em documentário
por Afrolink
As histórias apresentadas no documentário “A dor reprimida: violência obstétrica e mulheres negras” vêm do Brasil, mas as semelhanças com a realidade que se vive em Portugal não são coincidência.
Empenhada em alertar para o problema, a Associação SaMaNe (Saúde Mães Negras e Racializadas) tem promovido várias iniciativas nesse sentido, incluindo a exibição desse filme, que, na próxima sexta-feira, 9, às 18h, pode ser visto na Quinta da Princesa, no Seixal.
O programa inclui, além do visionamento, uma conversa com profissionais de saúde e activistas anti-racistas e feministas, aberta também à participação do público.
No centro da acção, realizada por Mariana Sales, estão testemunhos de mulheres e profissionais que vivenciaram “actos desrespeitosos, abusos, maus-tratos e negligência contra as mães”, compilação que pretende lançar um debate sobre o tema.
A discussão, que no Brasil está apoiada em estatísticas – “uma em cada quatro brasileiras que deram à luz já foi vítima de violência obstétrica” –, começa a fazer-se em Portugal, graças à intervenção da SaMaNe.
A associação junta nove mulheres, comprometidas com o combate ao racismo estrutural vivenciado pelas mães negras e afrodescendentes em Portugal na gravidez, parto e pós-parto imediato.