Afrolis regressa com redacção liderada por jornalistas negras – celebramos!

Vencedora do “Desafio de Inovação do Google News Initiative (GNI)”, que, em 2022, seleccionou 47 projectos de media entre 605 candidatos, a Rádio Afrolis prepara o relançamento da sua actividade, após quase três anos de pausa. O regresso do projecto, liderado pela jornalista, escritora e tradutora Carla Fernandes, traz uma redacção conduzida por jornalistas negras e outras mulheres historicamente racializadas. Para conhecer na próxima quinta-feira, 26, na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa, das 19h às 22h30. Esta apresentação inclui uma “Sister Talk”, com a presença de Paula Cardoso, fundadora da plataforma Afrolink, Neusa Sousa, criadora do Chá de Beleza Afro, e Ana Naomi, jornalista e realizadora de documentários. Juntas, vão discutir a trajectória de mulheres racializadas nos media. O programa do evento inclui também um momento cultural com o colectivo Wako Kungo, que reúne “artistas independentes e alternativos”. Vamos!

por Afrolink

A próxima quinta-feira, 26, é dia de celebrarmos:  após quase três anos de pausa, a Rádio Afrolis “regressa enquanto um projecto de informação digital que visa mudar a percepção da realidade sobre as mulheres negras e racializadas em Portugal e no mundo” .

O propósito cumpre-se “com uma redacção liderada por jornalistas negras e outras mulheres historicamente racializadas”, que se propõe “construir uma rede social global que investigue narrativas estereotipadas sobre estas comunidades, contrastando-as com as histórias por elas mesmas produzidas”.

A nova etapa da rádio, lançada pela jornalista, escritora e tradutora Carla Fernandes,  surge sob impulso do gigante tecnológico Google que, em 2022, seleccionou 47 projectos de media para beneficiarem do programa “Desafio de Inovação do Google News Initiative (GNI)”. A Afrolis foi escolhida, numa corrida que envolveu 605 candidaturas da Europa, Médio Oriente e África.

Para assinalar este momento, na próxima quinta-feira, 26, das 19h às 22h30 haverá um evento de relançamento, na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa.

O programa inclui uma “Sister Talk”, com a presença de Paula Cardoso, fundadora da plataforma Afrolink, Neusa Sousa, criadora do Chá de Beleza Afro, e Ana Naomi, jornalista e realizadora de documentários.

Juntas, vão discutir a trajectória de mulheres racializadas nos media, tema que marca o regresso da Afrolis, focada em promover equidade, justiça racial e igualdade de género.

“O projecto acredita que as multiplicidades de pontos de vista são fundamentais para o jornalismo e trabalha para garantir que as mulheres negras e racializadas sejam incluídas e valorizadas em todas as áreas da profissão”, lê-se no press release de divulgação do evento.

Na mensagem, a Afrolis revela que “quer trazer ao espaço público o trabalho desenvolvido por estas profissionais, para que possam ingressar no mundo de trabalho sem terem de renunciar às suas especificidades”.

Empenhada em construir uma redacção que acolha todas as caraterísticas dessas mulheres, e que reporte com foco na diversidade de todas nós, a rádio “procura contar histórias de forma transparente e precisa, para dar palco às pessoas que frequentemente são silenciadas na sociedade”.

Isso será efeito utilizando diferentes formatos, como artigos, podcast, videocast e audiodramas, com o objectivo de “fornecer diferentes narrativas e perspectivas sobre mulheres negras, ciganas, imigrantes e grupos marginalizados, para que se possam ver representados nos media e as suas histórias sejam contadas, evitando discursos sensacionalistas e opressivos”.

Além da “Sister Talk”, a apresentação da nova fase da Afrolis inclui um momento cultural com o colectivo Wako Kungo, que reúne “artistas independentes e alternativos”. Vamos! Celebramos!