A “Medida Provisória” que propõe a reparação do passado escravocrata

O filme “Medida Provisória”, de Lázaro Ramos, estreia-se nas salas de cinema portuguesas na próxima quinta-feira, 20. A história é uma adaptação da peça “Namíbia, Não!”, de Aldri Anunciação, e desenrola-se num futuro distópico, a partir de uma iniciativa do governo brasileiro, de reparação pelo passado escravocrata. A decisão precipita uma reacção do Congresso Nacional, obrigando os cidadãos negros a migrarem para África na intenção de retornarem às suas origens. Com Taís Araújo, Alfred Enoch, e Seu Jorge nos papéis principais, a trama é atravessada por várias interpelações sociais e raciais. A não perder!

por Afrolink

Multipremiado na edição 2022 do “Inffinito Film Festival” – reconhecido como o maior e mais importante festival de cinema brasileiro realizado no estrangeiro – o filme “Medida Provisória”, de Lázaro Ramos, estreia-se na próxima quinta-feira, 20, nos cinemas portugueses.

A história é uma adaptação da peça “Namíbia, Não!”, de Aldri Anunciação, e desenrola-se num futuro distópico, a partir de uma iniciativa do governo brasileiro, de reparação pelo passado escravocrata.

A decisão precipita a aprovação de uma medida pelo Congresso Nacional, obrigando os cidadãos negros a migrarem para África na intenção de retornarem às suas origens.

A nova regra “afecta directamente a vida do casal formado pela médica Capitú (Taís Araújo) e pelo advogado Antonio (Alfred Enoch), bem como a de seu primo, o jornalista André (Seu Jorge), que mora com eles no mesmo apartamento”, antecipa-se na sinopse.

O argumento aborda várias questões sociais e raciais, com “uma credibilidade arrepiante (…) difícil de esquecer”, conforme assinala a jornalista Cath Clarke, na crítica publicada no The Guardian.

A apresentação do filme “Medida Provisória” nos cinemas portugueses, pela Big Picture Films, inclui uma parceria com a Casa do Brasil em Lisboa.