A presença africana no Porto, pelo foco
do fotojornalista José Sérgio

O fotojornalista José Sérgio, moçambicano radicado em Portugal, inaugura este sábado, 31, às 16h, a exposição “Presentes! Africanos e Afrodescendentes no Porto”. Para ver até 23 de Dezembro, no Mira Fórum, em Campanhã. Com retratos e também testemunhos sonoros.

por Afrolink

Quem são os africanos e afrodescendentes que imprimem ao Porto novas identidades? José Sérgio dá resposta à pergunta com a própria história. Nascido em Moçambique em 1970, o fotojornalista vive em Portugal há cerca de duas décadas, fixadas agora na Invicta. 

Longe da capital, onde integrou as redacções do Blitz e do semanário Sol, José apercebeu-se, no Porto, da presença de uma “uma comunidade que parece estar em franco crescimento e em franca diversificação”.

A partir da observação quotidiana, músculo treinado no fotojornalismo, o moçambicano decidiu criar “um primeiro registo fotográfico dos modos de existência de uma comunidade ainda pouco conhecida e reconhecida na cidade, contrariando o estereótipo de que o Porto se manteve imune aos fluxos migratórios oriundos do continente africano”.

 O resultado ganha vida com a exposição “Presentes! Africanos e Afrodescendentes no Porto”, que se inaugura amanhã, 31 de Outubro, às 16h, no Mira Fórum, em Campanhã.

A mostra, que fica patente até 23 de Dezembro, promete apresentar, além de uma série de retratos, “pequenos depoimentos e registos sonoros, dando voz à presença silenciosa que se pretende documentar”. 

“À luz do debate recente acerca da inclusão de uma pergunta sobre a origem étnico-racial da população portuguesa no próximo Censos 2021, considera-se pertinente fixar a diversidade dos modos de existência de uma comunidade ainda pouco conhecida e pouco reconhecida”, lê-se na mensagem de divulgação da exposição.  

No sentido de enriquecer a discussão, o “trabalho de campo procurou rastrear não só os cidadãos que dão corpo a esta presença” africana a afrodescendente, “mas também os lugares, os circuitos, as rotinas e os rituais que a definem, tendo em vista uma exposição que, mais do que uma soma de retratos individuais, propõe um retrato colectivo”.

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