Antropóloga da vida, investigadora de histórias e palavras – simplesmente Bé

Anabela Simões Ferreira apresenta-se como uma “viajante do mundo, estudando qualquer assunto que a interesse”, ocupando “múltiplas profissões”, e também “descobrindo histórias”. Tem um livro publicado com o título “Traços de momentos e viagens”, e uma página onde firma assinatura como “Bé supostautora de inéditos que vagueiam no ar”. Para conhecer a partir das 21h n’ O Lado Negro da Força.

por Afrolink

Anabela Simões Ferreira apresenta-se como uma “viajante do mundo, estudando qualquer assunto que a interesse”, ocupando “múltiplas profissões”, e também “descobrindo histórias”. A partir das 21h encontramo-la n’ O Lado Negro da Força.

A conversa com Anabela Simões Ferreira ainda não começou, mas já sabemos que vem para durar. “Tenho conversas que não acabam nunca”, introduz a convidada de hoje d’ O Lado Negro da Força.

Nascida na Guiné-Bissau, Anabela, ou simplesmente Bé, apresenta-se como uma “viajante do mundo, estudando qualquer assunto que a interesse”, ocupando “múltiplas profissões”, e também “descobrindo histórias”, que partilha entre crónicas, contos e poesia.

Descendentes de pessoas negras e brancas, a autora do livro “Traços de momentos e viagens”, explica-nos que apenas quer contar e repor as histórias dos seus ancestrais que foram oprimidos, reconhecendo que essa violência foi exercida por outra parte dos seus antepassados. Tudo enquanto foge de caixas e etiquetas.

Despida de rótulos, criou a página “Bé supostautora de inéditos que vagueiam no ar”, onde cria arte com letras.

“Só tenho viagens e vivências para contar, como antropóloga da vida”, diz, assumindo-se como “uma investigadora de histórias e palavras”, com raízes na Educação.

“A pedagogia usando a arte da escrita foi a missão que assumi desde cedo, em particular quando escolhi a Educação como formação – investigar, estudar e escrever”.

Aos múltiplos atributos de identidade, que incluem a preferência pelo  azul – “por ser a cor do mar que atravessa da sua terra Guiné-Bissau até às plantações e minas em terras longe” –,  a convidada de hoje d’ O Lado Negro da Força junta um cartão-de-visita anotado.

“Bé vem de Anabela”, adianta. Já Simões Ferreira, espelha ascendência “Árabe, do lado paterno Português”. Acrescenta-se a “etnia do lado materno Guineense”, e encontra-se outra autodenominação: como “Preta Pepél”. Já do lado Cabo-Verdiano sobressai a costela Judia, e a herança de “neta de vulcões de Fogo”. Tudo isso mesclado numa mensagem de afirmação positiva: “Sou Preta pelo lado de orgulho”.

Hoje em destaque n’ O Lado Negro da Força, a partir das 21h.

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