O grande auditório do CCB – Centro Cultural de Belém recebe na sexta-feira, 1, às 20h, o espectáculo “Carta Branca a Selma Uamusse”, em que se comemora Moçambique e o seu rico património cultural. “Celebram-se as línguas, os instrumentos tradicionais, os ritmos e as polifonias”, lê-se na mensagem de divulgação do concerto, apresentado como “um desafio lisonjeador que representa a oportunidade de Selma Uamusse escrever uma Carta Aberta ao Futuro”, que surgem neste 2024 “em que se comemoram 50 anos de Liberdade e de fim da ditadura, em Portugal, mas também se celebram os movimentos de libertação dos países africanos de expressão portuguesa”.

Depois da estreia em 2022, o ciclo Afro-Portugal está de volta a Coimbra, para duas semanas de actividades, que iniciam na sexta-feira, dia 1, e estendem-se até 15 de Novembro. Com o mote “Mundos em Movimento”, o programa, disponível online, “apresenta artistas africanos/as e afrodescendentes do teatro à música, passando pela literatura, o cinema, a performance, as artes visuais, as artes sonoras e digitais”.

Vânia Andrade Puma apresenta na sexta-feira, 1 de Novembro, às 18h, na Kubata - Casa de Potencialização Artística na Linha de Sintra, a performance que aí construiu em residência. Trata-se d’ A’Kubata, que, assinala Vânia, antecipa “um encontro especial”.

O projecto Quid Iuris – Associação, criado por três jovens advogadas moçambicanas, realiza, no próximo sábado, 2, em Lisboa, a partir das 14h30, uma marcha pacífica “contra a violência policial, assassinatos e raptos em Moçambique”. A concentração está marcada para as 14h, diante da Embaixada de Moçambique, de onde o protesto segue para a Praça do Comércio.

O movimento Vida Justa promove amanhã, 26, uma manifestação de homenagem a Odair Moniz, mortalmente baleado pela polícia no início da semana. “Infelizmente não é caso único. Há demasiados mortos nas nossas comunidades. É preciso acabar com a violência e a impunidade policial nos bairros”, assinalam os promotores do protesto que se inicia no Marquês de Pombal, às 15h, em direcção à Assembleia da República.

Numa semana em que mais um homem negro foi mortalmente baleado pela Polícia em Portugal, depois de ter sido perseguido, ao que tudo indica, apenas por ter a cor suspeita, talvez Teresa Pizarro Beleza consiga perceber – já que um ‘boneco’ não chegou – porque é que questionar: “Mas o racismo existe mesmo?” é, no mínimo dos mínimos, uma afronta.

A Livraria Ler Devagar na Casa do Comum, em Lisboa, recebe na próxima quarta-feira, 30, às 19h30, a apresentação da Agenda 2025 do SOS Racismo, com a presença de Mamadou Ba e Piménio Ferreira.

O Museu Nacional de Etnologia inaugura, na próxima terça-feira, 29, às 18h30, a exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades”, que ficará patente até 2 de Novembro de 2025.

No próximo domingo, 27, às 11h, a professora universitária, investigadora e ensaísta Inocência Mata, conduz, no Padrão dos Descobrimentos, em Belém, “uma visita conversada sobre a autorrepresentação de pessoas africanas e afrodescendentes, contrariando a condição de invisibilidade a que muitas ainda estão sujeitas”.