As palavras como via de transformação
e libertação, na rota de Omar
por Afrolink
Estamos conscientes das múltiplas dimensões que enformam a nossa identidade? De que forma a etnia influencia o lugar que ocupamos na sociedade? Qual o peso da estrutura de classes? Em que medida as construções sociais oprimem a nossa existência?
Filho de angolanos, nascido em Portugal há 26 anos, Omar Prata vem navegando sobre as camadas que atravessam a sua identidade.
“Posso dizer que as definições de ser negro, mestiço, biracial ou pessoa racialmente ambígua vão sendo alteradas com a transformação da minha consciência. A escrita, a leitura e o pensamento diário vão transformando a minha percepção sobre mim como indivíduo”, antecipa o comunicólogo, na apresentação partilhada com a equipa d’ O Lado Negro da Força.
Na mesma mensagem, Omar lembra que “há diferenças entre a forma como se vive num contexto predominantemente branco, ou vindo de estratos sociais diferentes”.
A vocação de servir
Licenciado em Comunicação Social e Cultural, e pós-graduado em Jornalismo Televisivo e Multiplataforma, o luso-angolano tem colocado a sua formação académica em acção não apenas no mercado do Comunicação, mas também ao encontro de uma vocação espiritual.
“Presto aconselhamento pastoral a várias pessoas que necessitem, ou que me procurem, especializando-me no encorajamento, no apoio, e ajudando a pessoas a reencontrar a paz interior, a cura das emoções, a libertação da opressão, a alegria e gozo de viver”, enumera o também pastor, desde 2019 activamente ao serviço dos outros.
Pelo caminho, Omar estagiou no Ministério da Cultura de Angola, em Luanda, experiência reforçada na passagem pelo canal ZAP VIVA, no começo do projecto Zap Actualidade focado na área da informação.
No regresso a Portugal, em 2019, o comunicólogo passou também pela imprensa desportiva, tendo integrado a secção Online do Jornal “A bola”.
“Essencialmente é isto. Poderia acrescer mais. Mas depois não teria muito sobre o que falar.”, resume Omar, antes de ocupar o seu lugar de fala. Amanhã, a partir das 21h, n’ O Lado Negro da Força.