As Vozes da Mulher Negra quebram
o silêncio, num documentário inédito

O INMUNE – Instituto da Mulher Negra em Portugal divulgou, na última sexta-feira, 31, o teaser do documentário “As Vozes da Mulher Negra”, uma produção 100% negra e 100% feminina, com estreia prevista para o próximo mês de Novembro.

Como é ser mulher negra em Portugal? A pergunta, lançada pelo INMUNE – Instituto da Mulher Negra em Portugal, inspira uma orquestra de respostas, apresentada no documentário “As Vozes da Mulher Negra”.

A produção, 100% negra e 100% feminina, tem estreia prevista para o próximo mês de Novembro, mas as primeiras imagens já estão em exibição.

Podemos vê-las na página do INMUNE no Facebook, num vídeo de pouco mais de dois minutos, divulgado na última sexta-feira 31, Dia da Mulher Africana, celebrado na mesma semana em que o Instituto comemorou o segundo aniversário.

Fundado por 27 mulheres, a 27 de Julho de 2018, o INMUNE apresenta-se como “uma entidade feminista interseccional e anti-racista, constituída por mulheres, de direito privado, sem fins lucrativos, solidária, apartidária, mas não apolítica”.

 

A sua acção, segundo o manifesto divulgado online, está orientada para combater “o silenciamento das mulheres negras, africanas e afrodescendentes na História e no tempo presente”, e promover “o empoderamento, a participação social e política de mulheres, a igualdade de direitos, a paridade e a justiça social, fomentando através das suas actividades e reflexões, um ambiente propício à afirmação e valorização da herança e da cultura negra e africana em Portugal”.

Um trabalho feito de, para, e com mulheres negras

O compromisso cumpre-se através de oito departamentos, que congregam áreas tão distintas quanto a Educação, Formação e Ciência, a Sororidade e Entreajuda e o Género, Feminismos e Questões LGBTQI+, todas lideradas por mulheres com provas dadas em cada um campos de intervenção.

Essa diversidade de competências permite dar agora vida ao documentário “As Vozes da Mulher Negra”, que, conforme o INMUNE destaca, foi planeado, filmado e editado “de, para e com mulheres negras”.

O trabalho reúne o testemunho audiovisual de mais de uma dezena de africanas e afrodescendentes, como a professora Inocência Mata, a socióloga Cristina Roldão, as actrizes Cleo Tavares, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, a criadora de conteúdos Mariama Injai, ou a dirigente associativa Anabela Rodrigues.

A essas vozes, juntam-se os relatos áudio de outras mulheres negras, numa intersecção de “conversas que escurecem e atraem”, e de “partilhas que unem”. Para ver, ouvir e construir novas narrativas.